SÃO PAULO (Reuters) - A Bovespa encerrou em alta nesta sexta-feira, refletindo ganhos das blue chips como Petrobras, Vale e bancos e após dados do mercado de trabalho norte-americano piores que o esperado.
O Ibovespa subiu 1,11 por cento, a 53.222 pontos. Na semana, o índice perdeu 2,57 por cento. O giro financeiro do pregão foi de 6,5 bilhões de reais.
A bolsa recuou pela manhã até pouco antes da abertura dos mercados norte-americanos, que ficaram voláteis após números fracos de geração de emprego.
"O 'payroll' foi a principal notícia do dia. O resultado indica maior chance de o Fed (banco central dos Estados Unidos) manter o juro próximo a zero por algum tempo, o que acalmou um pouco os mercados", disse o analista de renda variável João Pedro Brugger, da Leme Investimentos.
Ele acrescentou que a desvalorização do real vista nas últimas sessões deixa as ações brasileiras mais atraente para investidores estrangeiros, principalmente no momento em que ações como Petrobras acumulam quedas expressivas.
As ações da estatal deram o tom do pregão desta sexta, com volatilidade intensa após o anúncio de reajuste nos preços da gasolina e do diesel feito na noite da véspera.
Profissionais do mercado afirmaram que o reajuste de 3 por cento da gasolina veio abaixo do esperado, motivando queda dos papéis pela manhã. Depois reverteram com força após a abertura do pregão nos EUA. O papel PN fechou em alta de 1,49 por cento, após acumular queda de 8 por cento nas quatro sessões.
Para o especialista em renda variável Rogério Oliveira, da Icap Brasil, a bolsa se recuperou após atingir uma região de suporte gráfico importante. "A bolsa tem uma região de suporte nos 52.400 pontos em que bateu e teve um repique", disse.
Além da Petrobras, a mineradora Vale e outras ações de peso como Ambev e Itaú Unibanco deram importantes contribuições para a alta do Ibovespa. As maiores valorizações foram de Usiminas, com 4,76 por cento, e Localiza, com 4,23 por cento.
No sentido oposto, BR Properties teve a maior queda do Ibovespa após, junto com a América Latina Logística (ALL), ser excluída da nova composição do índice global da MSCI Brasil, referência para investidores estrangeiros. A nova carteira, que não teve nenhuma nova adição, entra em vigor no fim do pregão de 25 de novembro.
(Por Priscila Jordão)