Ibovespa renova máxima acima de 141 mil pontos com apoio de Itaú e Vale

Publicado 03.07.2025, 10:13
Atualizado 03.07.2025, 11:25
© Reuters. Painel eletrônico na B3, em São Paulon05/08/2024 REUTERS/Carla Carniel

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa avançava mais de 1% nesta quinta-feira, renovando máxima histórica, com blue chips como Itaú e Vale entre os principais suportes, enquanto agentes também repercutem dados do mercado de trabalho norte-americano mais fortes do que as expectativas.

Por volta de 10h55, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 1,42%, a 141.027,58 pontos, tendo alcançado 141.054,93 pontos no melhor momento. Quase todas as ações do índice estavam no azul. O volume financeiro somava R$2,79 bilhões.

Nos EUA, o Departamento do Trabalho divulgou a abertura de 147.000 postos de trabalho fora do setor agrícola em junho, de 144.000 empregos em maio, enquanto economistas previam 110.000 vagas. A taxa de desemprego caiu para 4,1%, contra previsão de alta para 4,3%. Em maio, a taxa ficou em 4,2%.

"Apesar da desaceleração dos números de mercado de trabalho, essa ainda parece ser gradual, mesmo com o alto nível de incerteza", afirmaram economistas do Bradesco.

"O número de hoje traz um ’headline’ forte, com algumas métricas subjacentes mais fracas. Para o Fed, contudo, a coletânea das informações do payroll de hoje é suficiente para mantê-lo cauteloso nos próximos meses, reforçando nossa expectativa de que os cortes de juros, se acontecerem, ocorrerão apenas no final do ano", acrescentaram em relatório a clientes.

A notícia reduziu as apostas em um corte nos juros pelo Federal Reserve neste mês. Os juros futuros norte-americanos indicavam apenas 5% de chance de uma redução de 0,25 ponto percentual, abaixo dos 25% antes do relatório. Mas não minou o apetite no mercado de ações.

Em Wall Street, o S&P 500, uma das referências do mercado acionário dos EUA, avançava 0,63%, tendo renovado recorde de pontuação antes de feriado local na sexta-feira. O rendimento do título de 10 anos do Tesouro norte-americano avançava a 4,339%, de 4,293% na véspera.

DESTAQUES

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) avançava 1,52%, com bancos como um todo com sinal positivo, fortalecendo o Ibovespa. BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) valorizava-se 1,04% e SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) subia 1,16%. BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) mostrava acréscimo de 2,23%, tendo ainda no radar anúncio de que destinará R$230 bilhões para o financiamento da safra 2025/26.

- VALE ON (BVMF:VALE3) tinha variação positiva de 0,63%, tendo como pano de fundo a alta dos futuros de minério de ferro na China, com novo impulso de Pequim para conter a concorrência de preços baixos e cortar o excesso de capacidade industrial. O contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou a sessão do dia com alta de 2,45%, a 733 iuanes (US$102,33) a tonelada -- um pico desde 16 de maio.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) era negociada com elevação de 1%, apesar da fraqueza dos preços do petróleo no mercado global. O barril de Brent mostrava queda de 0,48%, a US$68,78.

- EMBRAER ON (BVMF:EMBR3) subia 2,3% após divulgar na noite da véspera que entregou 61 aeronaves no segundo trimestre, sendo 19 jatos comerciais, 38 executivos e 4 de defesa. O total é 30% maior em relação ao segundo trimestre do ano passado. Analistas do BTG Pactual (BVMF:BPAC11) afirmaram que os dados ficaram acima das suas expectativas e reiteraram recomendação de compra para as ações.

- VAMOS LOCAÇÃO ON valorizava-se 4,05%, em sessão de ajustes após duas quedas seguidas, período em que acumulou declínio de 5,5%. Na véspera, a ação atingiu uma mínima intradia desde meados de março.

- RAÍZEN PN (BVMF:RAIZ4) caía 0,6%, entre as poucas baixas do dia, após três altas seguidas, quando somou uma alta de 3%. No último dia 27, o papel encerrou o pregão a R$1,63, mínima histórica de fechamento. Investidores continuam monitorando os movimentos da empresa, uma joint venture do grupo Cosan (BVMF:CSAN3) com a Shell (NYSE:SHEL), para reduzir o endividamento, em um ambiente com desafios na cana-de-açúcar e com taxas de juros em patamares elevados.

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