Por Gabriel Codas
Investing.com - Nos primeiros negócios da manhã desta terça-feira, as ações da IMC operam com ganhos, praticamente em linha com a alta do Ibovespa hoje. A companhia reportou na noite de ontem que teve prejuízo líquido de R$ 46,1 milhões no primeiro trimestre de 2020, resultado que foi mais de cinco vezes superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando as perdas foram de R$ 8 milhões.
Já a receita líquida da companhia nos três primeiros meses de 2020 foi de R$ 366,6 milhões, avanço de 1,1% sobre o registrado um ano antes. Além disso, a IMC ficou com prejuízo operacional de R$ 35,7 milhões, revertendo amplamente o lucro operacional de R$ 6,0 milhões no primeiro trimestre de 2019.
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) trimestral da companhia foi negativo em R$ 19,9 milhões entre os meses de janeiro e março deste ano, sendo que 12 meses antes o resultado foi positivo de R$ 21,4 milhões.
Mesmo com números negativos, as ações avançavam 1,32% a R$ 3,85, chegando a subir mais de 4% com máxima em R$ 4,04. O Ibovespa registrava alta de 1,41% a 89.879 pontos, próximo de romper os 90 mil pontos, patamar mais alto desde março.
A empresa justificou, em comunicado ao mercado, que os números refletem o fechamento de lojas por determinação dos governos devido à pandemia da Covid-19, afetando o processo de consolidação das operações da IMC com as da Pizza Hut e KFC.
Visão dos analistas
Para o BTG Pactual (SA:BPAC11), no curto prazo deve ser um desafio para a IMC, com a empresa exposta a menor tráfego em shopping centers (atualmente 376 lojas) e em aeroportos (32 lojas), que devem ser parcialmente compensados por um câmbio mais favorável para os resultados de suas operações internacionais traduzidos em real, bem como a crescente penetração da entrega no total de vendas.
Enquanto isso, além do progresso encorajador antes do surgimento do Covid-19 na frente operacional, a classificação de compra é sustentada pela combinação do ano passado com o MultiQSR, que abre uma nova via de crescimento para a empresa, apesar dos riscos de execução.