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Imprensa hispânica aposta em unir forças para ampliar seus mercados

Publicado 18.10.2013, 20:51
Panamá, 18 out (EFE).- Empreender negócios conjuntamente aproveitando o conhecimento que cada grupo de comunicação tem de seu mercado é a principal oportunidade para crescer em um mundo em transformação como o atual, concordaram nesta sexta-feira em um fórum os principais responsáveia da indústria dos meios de comunicação de língua espanhola.

Para crescer em um universo como o da comunicação, que está submetido a vertiginosas mudanças tecnológicas, ameaças à liberdade de expressão e práticas de pirataria, é preciso compartilhar experiências e somar forças em benefício da audiência.

Essas foram as conclusões dos responsáveis de alguns dos principais grupos multimídia de fala espanhola que discusaram em uma mesa-redonda no marco da XXIII Cúpula Ibero-Americana, realizada hoje e amanhã na capital panamenha.

Este painel do II Fórum de Comunicação, moderado pelo presidente da Agência Efe, José Antonio Vera, contou com a participação do presidente do Grupo Televisa, Emilio Azcárraga Jena; do presidente da Univisión, Randy Falco, e do vice-presidente do Grupo Planeta, José Crehueras.

Ao abrir o debate, Vera lembrou que na primeira edição deste fórum, realizado no ano passado em Cádiz, "ficou evidenciado o relativo isolamento dos grupos de comunicação ibero-americanos, a falta de iniciativas comuns para ser competitivos e a necessidade de estalecer mecanismos que fortaleçam o idioma espanhol no mundo todo".

Após questionar se as cúpulas ibero-americanas estão cumprindo o papel que é representado no âmbito da comunicação, o presidente da Efe pediu aos palestrantes que se pronunciassem sobre questões como se o espanhol tem um valor econômico, o tamanho dos grupos multimídia e se o Atlântico constitui uma fronteira não salvável para os negócios.

Emilio Azcárraga, que em 1997 assumiu a presidência de uma companhia que passava por graves problemas financeiros e hoje é o principal gerador de conteúdos em espanhol, lembrou que anos atrás, os grandes fusões na indústria dos meios de comunicação estavam determinadas pelo tamanho das companhias.

"Mas com a passagem do tempo, o que melhor funcionou foi a busca de sinergias em nossos mercados", disse o presidente da Televisa, que destacou que "a tecnologia permite distribuir os conteúdos, mas também é importante trabalhar com as empresas locais".

"Os grupos de fala espanhola não sabem contar nossas histórias de êxito", sustentou o dono de Televisa, companhia que tem uma associação com Univisión -a cadeia hispânica de televisão mais importante nos Estados Unidos- graças à qual seus conteúdos são vistos por um público potencial de mais de 50 milhões de hispânicos.

Por sua vez, o presidente de Univisión, Randy Falco, chamou a atenção sobre o potencial da comunidade hispânica, que anualmente movimenta US$ 1,6 trilhões e que em 2060 representará um terço da população dos EUA.

"Os americanos estão sendo 'latinizados'", enfatizou Falco, para quem a chave do futuro dos grupos multimídia de fala espanhola está na distribuição, especialmente de peças de vídeo curtas através dos dispositivos móveis.

Já José Crehueras, vice-presidente do Grupo Planeta, falou sobre a evolução de sua companhia, que pelas mãos de José Manuel Lara iníciou o negócio editorial há décadas com a distribuição de livros e hoje dia participa da indústria audiovisual com alianças internacionais.

"Estamos em um mundo em continua evolução. Estamos absolutamente convencidos das vantagens de gerar sinergias", inclusive com empresas da competência, destacou Crehueras.

Ao ressaltar a importância das alianças comerciais, o vice-presidente de Planeta se referiu ao fato de seis grupos europeus terem faturado conjuntamente 22 bilhões de euros, enquanto a americana Google anualmente movimenta 166 bilhões.

Antes de concluir o debate, o presidente de Efe chamou a atenção sobre a necessidade de aproveitar as cúpulas ibero-americanas para impulsionar novas iniciativas em comunicação.

"Francamente, me dá a sensação que entre os grandes grupos hispânicos de comunicação há um certo conformismo e não estamos aproveitando um mercado de 450 milhões de pessoas", concluiu Vera.

O Fórum da Comunicação foi organizado pelo Governo espanhol e o grupo Televisa. EFE

mf/ff

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