SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - Um incêndio atingiu uma torre da unidade de Coqueamento Retardado (U-21) da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), da Petrobras (SA:PETR4), em Pernambuco, na manhã desta terça-feira, levando à paralisação da unidade, conforme comunicado da companhia.
A petroleira ressaltou que não houve feridos e que o incêndio foi extinto pela equipe de contingência da refinaria, que tem capacidade de processamento de 230 mil barris de petróleo por dia.
A petroleira estatal não informou quais as consequências para a produção da refinaria, mas enfatizou que "não há impacto no abastecimento".
"A Petrobras conta com estoque e produção para garantir a oferta de combustíveis aos seus clientes", afirmou.
Mais recente refinaria da petroleira estatal a ser construída, com início das operações em 2014, a Rnest tem a maior taxa de conversão de petróleo cru em diesel --combustível mais comercializado do Brasil--, de 70 por cento.
Além de diesel S-10, com baixo teor de enxofre, a Rnest também produz nafta, óleo combustível, coque e gás liquefeito de petróleo (GLP).
Segundo a empresa, uma comissão de investigação foi mobilizada para avaliar as causas do acidente e o prazo para retorno da unidade.
O incêndio ocorre pouco mais de três meses após um incêndio de grandes proporções ter atingido a Refinaria de Paulínia (Replan), em São Paulo, a maior da Petrobras.
Com produção correspondente a aproximadamente 20 por cento de todo o refino de petróleo no Brasil, a Replan tem capacidade para processar 434 mil barris de petróleo por dia e ainda passa por reparos.
A refinaria de Paulínia está operando com metade de sua capacidade.
(Por José Roberto Gomes e Marta Nogueira)