Investing.com - A procura por recursos na bolsa de valores chegou definitivamente para as incorporadoras de imóveis. Capitaneada pelo BTG Pactual (SA:BPAC11) e Bradesco (SA:BBDC4), a Trisul (SA:TRIS3) irá buscar recursos no mercado de capitais com lançamento de um follow-on. A leitura do mercado é que este é o momento mais adequado devido ao fim das férias no Hemisfério Norte. As informações são da edição de domingo, da Coluna do Broad, do jornal O Estado de S.Paulo.
Além disso, de acordo com a publicação, a Cyrela (SA:CYRE3) Commercial Properties (CCP) é outra companhia que estuda realizar uma oferta subsequente de ações. Já a Kallas e a Cury são empresas que avaliam a possibilidade de abertura de capital na B3, com o processo de contratação de bancos para o sindicado já em curso.
O jornal informa ainda que a Eztec (SA:EZTC3) deverá buscar outro caminho para buscar recursos, por meio de um block trade, uma venda de ações em bloco, por meio de leilão, na própria bolsa de valores. Procuradas pelo Estadão, as empresas preferiram não comentaram.
A tendência de buscar recursos na bolsa tem uma explicação, de acordo com a coluna. Somente em 2019, o índice do setor, o Imob, tem ganhos acumulados de 35%, sendo que o Ibovespa está na casa dos 15%. Outro ponto é que as projeções são de crescimento, diante do ambiente de Selic baixa. Neste ano, a Tecnisa (SA:TCSA3) já fez um follow-on e levantou R$ 400 milhões.
Em agosto, o Imob fechou aos 1.094,53 pontos, uma leve queda de 0,53%, mas os ganhos são de 8,03% nos dois primeiros meses do terceiro trimestre. No ano, as ações com melhores desempenho são Eztec (SA:EZTC3) (90,72%), Even (SA:EVEN3) (88,67%), Direcional (SA:DIRR3) (80,62%) e Cyrela (SA:CYRE3) (62,83%). A única que está no vermelho é a Gafisa (SA:GFSA3) (-63,20%), que vive um momento turbulento após uma traumática série de troca de diretoria e atraso no pagamento de funcionários, fornecedores e também nas obras.