MUMBAI (Reuters) - Autoridades indianas disseram neste sábado que apreenderam uma propriedade agrícola, uma usina de energia solar e terrenos pertencentes ao milionário joalheiro Nirav Modi, envolvido no em uma fraude de 1,8 bilhão de dólares contra o Punjab National Bank que abalou a confiança nos bancos estatais.
Modi, que tem uma rede de lojas de Nova York a Pequim, e seu tio, Mehul Choksi, são ambos acusados de perpetuar a maior fraude em empréstimos da história bancária da Índia e ambos estão fora do país.
O Diretório de Aplicação de Leis da Índia, que combate crimes financeiros, disse no Twitter que apreendeu 21 propriedades pertencentes a Modi, avaliadas em 5,24 bilhão de rúpias (81 milhões de dólares) na última varredura em Mumbai e Pune, outra cidade do Oeste da Índia.
Mais cedo nesta semana, a agência disse que apreendeu carros de luxo avaliados em milhões de rúpias e que pertenciam a Modi e suas empresas em um caso que chamou a atenção para o problema estrutural de corrupção na Índia.
Modi e Choksi são acusados de entrar em conluio com funcionários do Punjab National Bank, segundo maior banco estatal do país, para emitir documentos de compromisso fraudulentos durante sete anos, o quais o empresário usou para obter crédito de divisões internacionais de bancos indianos.
Um advogado de Modi negou que seu cliente esteja envolvido em qualquer fraude. A empresa de Choksi, Gitanjali Gems, negou qualquer envolvimento na alegada fraude.
Pelo menos uma dúzia de pessoas – seis do banco e mais seis das empresas de Modi e Choksi – foram presas e a investigação ainda continua.
(Por Swati Bhat)