Bitcoin reage a cenário político e econômico leve, mas resistência limita avanço
Por Nidhi Verma
NOVA DÉLHI (Reuters) - As refinarias indianas estão prontas para reduzir drasticamente as importações de petróleo russo para cumprir as novas sanções impostas pelos EUA a dois grandes produtores russos, disseram fontes do setor na quinta-feira, o que pode eliminar um grande obstáculo para um acordo comercial com os Estados Unidos.
A mudança ocorre no momento em que a Índia enfrenta tarifas punitivas de 50% sobre suas exportações para os EUA -- com metade dessas tarifas em retaliação às compras de petróleo russo -- e negocia um possível acordo comercial que poderia alinhar essas tarifas com seus pares asiáticos em troca da redução das importações de petróleo a partir de Moscou.
A Índia emergiu como o maior comprador de petróleo russo transportado por via marítima com desconto após a invasão em grande escala da Ucrânia por Moscou em 2022, importando cerca de 1,7 milhão de barris por dia nos primeiros nove meses deste ano.
As sanções dos EUA têm como alvo a Lukoil e a Rosneft, os dois maiores produtores de petróleo da Rússia.
A empresa privada Reliance Industries, principal compradora indiana de petróleo russo, planeja reduzir ou interromper as importações de petróleo russo, inclusive suspendendo as compras sob acordo de longo prazo com a Rosneft, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.
"A recalibração das importações de petróleo russo está em andamento e a Reliance estará totalmente alinhada às diretrizes do GOI (Governo da Índia)", disse um porta-voz da Reliance em resposta a uma pergunta sobre se a empresa planeja cortar suas importações de petróleo da Rússia.
As refinarias estatais indianas, incluindo a Indian Oil Corp, a Bharat Petroleum Corp e a Hindustan Petroleum Corp, também estão revisando seus documentos de comércio de petróleo russo para garantir que nenhum suprimento venha diretamente da Rosneft e da Lukoil depois que os EUA sancionaram as empresas petrolíferas, disse uma fonte com conhecimento direto do assunto na quinta-feira.
O Ministério do Petróleo da Índia e as refinarias estatais não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.
"Haverá um corte maciço. Não prevemos que ele chegue a zero imediatamente, pois haverá alguns barris entrando no mercado" por meio de intermediários, afirmou uma fonte da refinaria, que não quis se identificar por não estar autorizada a falar com a mídia.