NOVA YORK (Reuters) - Os índices acionários norte-americanos tiveram a maior queda em quase dois meses nesta quarta-feira, após o Federal Reserve aumentar a taxa de juros em 0,25 por cento e assinalar que podem acontecer aumentos no ano que vem em um ritmo mais rápido do que alguns esperavam.
As ações de energia exerceram a maior pressão no S&P 500 após uma queda acentuada nos preços do petróleo nos Estados Unidos.
O índice Dow Jones recuou 0,6 por cento, para 19.792 pontos, o S&P 500 caiu 0,81 por cento, para 2.253 pontos e o Nasdaq Composite teve queda de 0,5 por cento, para 5.436 pontos.
A chair do Fed, Janet Yellen, indicou que o banco central norte-americano estava se adaptando ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, com alguns integrantes do comitê começando a trocar suas suposições de políticas fiscais diante da expectativa de um crescimento ligeiramente mais rápido e menor desemprego.
As ações passaram por uma venda generalizada durante a coletiva de imprensa de Yellen, após o comunicado do Fed. Ela voltou atrás em comentários recentes que indicavam que o Fed poderia permitir que a economia permanecesse aquecida por um certo tempo, significando que a inflação poderia superar ligeiramente a meta e o desemprego poderia permanecer baixo antes que o Fed sentisse a necessidade de apertar a política de forma mais rápida.
"Se o Fed parecer menos disposto a permitir que a economia se aqueça, os mercados vão reagir", disse o estrategista chefe de portfólios da Wells Fargo Funds Management, Brian Jacobsen.
(Por Rodrigo Campos; reportagem adicional por Chuck Mikolajczak)