São Paulo, 10 jan (EFE).- A inflação oficial no Brasil ficou em 5,84% em 2012 pressionada pelo aumento do preço dos alimentos e das denominadas despesas pessoais, que incluem serviços domésticos ou de barbearia, informou nesta quinta-feira o Governo.
O índice que mede a revalorização dos preços correspondente ao ano passado está abaixo de 6,5% de 2011, mas excede o centro da meta do Executivo, que se situava em 4,5%, com uma margem de tolerância de 2 pontos percentuais.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o grupo que registrou um aumento dos preços mais acentuado foi o de despesas pessoais, 10,17% mais, que inclui os serviços de empregados domésticos, barbearia, hotéis e também tabaco.
Enquanto isso, o preço dos alimentos e das bebidas, que representam 23,93% do orçamento das famílias brasileiras, aumentou 9,86%, superior ao avanço de 7,18% de 2011, detalhou o organismo em comunicado.
O IBGE destacou a forte pressão inflacionária das refeições fora de casa, cujos preços subiram 9,51% em 2012, e dos alimentos consumidos em casa, que subiram 10,04%, muito acima de 5,43% registrado em 2011.
Em dezembro, os preços subiram 0,79%, valor superior a 0,60% de novembro e que representa o aumento mensal da inflação mais significativo desde março de 2011.
Após conhecer o dado da inflação, o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, destacou que o objetivo do Governo se cumpre pelo nono ano consecutivo.
Em comunicado, o responsável do BC atribuiu o avanço dos preços a "choques desfavoráveis no segmento das commodities agrícolas", entre outros, e manifestou que a tendência será descendente ao longo de 2013. EFE