O IRB (BVMF:IRBR3) Re registrou lucro líquido de R$ 79,1 milhões no primeiro trimestre deste ano, um crescimento de quase dez vezes em relação ao resultado líquido do mesmo período do ano passado. O ressegurador afirma que este salto é fruto da limpeza da carteira de resseguros, que ampliou o resultado agregado dos contratos e reduziu a sinistralidade.
O resultado de subscrição do IRB foi de R$ 122,4 milhões, contra um ganho de apenas R$ 3,7 milhões no trimestre equivalente de 2023. Houve melhora em todos os segmentos, e de acordo com a empresa, a maturação dos contratos mais recentes leva a uma queda na sinistralidade, e dilui as perdas com os contratos mais antigos.
O índice de sinistralidade caiu 19,1 pontos porcentuais em um ano, para 58%, refletindo também os melhores resultados da carteira após a limpeza feita em 2023. Nos resseguros aceitos no Brasil, a baixa foi de 31,5 pontos, para 44,7%, enquanto no exterior, a queda foi de 14,3 pontos, para 79%.
O índice de retrocessão, por sua vez, subiu 0,8 ponto porcentual em um ano, para 21,9%. O indicador mede o valor dos contratos que o IRB repassou a outros agentes em relação ao tamanho da carteira, e subiu porque a despesa de retrocessão caiu em um ritmo menor que o da queda dos prêmios emitidos.
O volume de prêmios emitidos recuou 9,1% em um ano, para R$ 1,440 bilhão, puxado novamente pela emissão de prêmios no exterior, que teve queda de 34,2%, para R$ 379,9 milhões. No Brasil, a arrecadação do IRB subiu 5,3% em relação ao primeiro trimestre de 2023, para R$ 1,060 bilhão.
A companhia afirma que o desempenho nos dois mercados está em linha com a estratégia de aumentar a exposição ao mercado local. A meta do IRB é fazer com que o Brasil responda por 70% dos negócios. No primeiro trimestre de 2024, foi responsável por 74%, um crescimento de 10 pontos porcentuais no intervalo de um ano.
"Sobre o primeiro trimestre de 2024, reforço que trabalhamos para produzir resultados sustentáveis, no longo prazo, e, mais uma vez, nossos números mostram que estamos evoluindo", afirma em nota o CEO do IRB, Marcos Falcão. "Vamos seguir controlando os itens que estão sob nossa gestão: preço, despesas e custos."