JERUSALÉM (Reuters) - O novo governo de extrema direita de Israel disse neste domingo que retirou um imposto criado há cerca de um ano e que reduziu significativamente o consumo de pratos e utensílios descartáveis de plástico.
A decisão, que vai contra esforços globais para reduzir a quantidade de resíduos plásticos que poluem os oceanos, ocorreu após oposição de partidos religiosos que disseram que a tributação visava injustamente suas comunidades.
O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, disse que o imposto foi cancelado e pediu aos consumidores que verifiquem se as lojas estão baixando os preços dos produtos de plástico. O porta-voz da pasta disse que o imposto foi revogado para ajudar a reduzir os preços ao consumidor em meio à alta inflação.
O Ministério de Proteção Ambiental de Israel disse que se opôs ao fim do imposto e esperava que uma solução alternativa pudesse ser encontrada. O ministério informou que as vendas de itens descartáveis de plástico foi reduzida em cerca de 40% em relação à entrada em vigor da tributação, em novembro de 2021.
Houve oposição ao imposto do plástico entre os partidos judeus ultraortodoxos que estão fortemente representados junto com a extrema direita na nova coalizão governista liderada por Benjamin Netanyahu.
Um relatório parlamentar de novembro de 2021 descobriu que as famílias ultraortodoxas usavam utensílios de plástico três vezes mais do que o resto da população porque geralmente têm famílias grandes e baixa renda, muitas sem máquinas de lavar louça.
(Por Ari Rabinovitch)