MILÃO (Reuters) - A italiana Enel (MI:ENEI), maior elétrica da Europa, não está interessada em grandes aquisições, mas busca oportunidades para comprar ativos em distribuição de energia elétrica ao redor do mundo, incluindo no Brasil, disse o diretor financeiro da companhia, Alberto De Paoli, nesta sexta-feira.
A Enel, que recentemente comprou a distribuidora brasileira Celg-D, da Eletrobras (SA:ELET3), já possui ativos de geração e distribuição no Brasil e é o maior investidor privado no setor de energia na América do Sul.
"Estamos interessados em fazer mais aquisições em distribuição no Brasil se as oportunidades surgirem a partir da liberalização do mercado", disse De Paoli à Reuters em entrevista por telefone após os resultados do grupo para o primeiro trimestre.
Ele disse ainda que os negócios na Argentina e no Brasil estão melhorando e que a companhia pretende continuar a investir na América Latina.
O executivo também negou especulações na mídia de que o grupo estaria considerando vender seus negócios no Chile.
"Não há planos de reduzir nossos investimentos no Chile", disse.
A Enel está apostando em seus negócios em distribuição e energia renovável para impulsionar o crescimento da companhia, especialmente em mercados emergentes e na América do Norte.
"Na Europa, poderíamos estar interessados em comprar ativos de energia renovável de pequeno porte e negócios de varejo", disse De Paoli.
A Enel, que se tornou a maior elétrica da Europa no ano passado quando reabsorveu sua unidade de energia renovável, controla a elétrica espanhola Endesa.
Segundo reportagens na imprensa, fundos de investimentos poderiam estar interessados em comprar a Endesa, mas De Paoli disse que ela não está à venda.
"Estamos felizes com nossos investimentos na Espanha e não temos absolutamente nenhum plano de vender nossa participação", disse ele.
(Reportagem de Stephen Jewkes)