Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - O Itaú BBA espera que o terceiro trimestre seja positivo para a argentina Ternium (NYSE:TX), considerando o preço do aço, e também prevê resultados decentes para as mineradoras de cobre, mas fracos para a Aura (SA:AURA33), por causa do declínio nos volumes de vendas. O Ebitda da Southern Copper (NYSE:SCCO) deve subir 1% no 3T21, enquanto os resultados do Grupo Mexico (MX:GMEXICOB) podem cair 1%, segundo relatório divulgado.
Confira a análise para cada empresa.
Ternium
A expectativa é que a Ternium entregue um Ebitda de US$ 1,830 bilhão no 3T21, uma alta de 29% na comparação trimestral e de 418% na anual, e um Ebitda por tonelada de US$ 570, segundo o Itaú BBA. Isso por causa da estimativa de um aumento de 15% nos preços do aço que compensará a alta de 7% nos custos de caixa por tonelada no trimestre.
O Itaú BBA também antecipa um aumento de 3% no trimestre nas vendas, visto que o aumento de 6% nas vendas de aço no México é apenas parcialmente compensado por uma queda nas vendas de placas para terceiros. Os preços do aço podem sustentar uma lucratividade ainda maior para a Ternium Mexico no 4T21, uma vez que não estão totalmente refletidos nos preços industriais no México.
A indicação é outperform, com preço-alvo em US$ 70.
Southern Copper
O Ebitda da Southern Copper deve subir 1% no 3T21 em relação ao trimestre anterior e 67% na comparação anual, chegando a US$ 1,880 bilhão, mesmo que o preço do cobre tenha caído 4% em relação ao 2T21, para US$ 4,43/lb. O resultado, de acordo com o Itaú BBA, deve ser impulsionado pela alta trimestral de 4% nos embarques de cobre, para 242 mil toneladas.
A melhoria na diluição de custos fixos impulsionada por maiores volumes será compensada pelas atividades de decapagem, manutenção e inflação de custos no período, resultando em um aumento de 3% no custo operacional operacional.
Além disso, o preço médio do cobre no 4T21 estará aproximadamente 3% abaixo da média do 3T21, e os preços devem continuar diminuindo gradualmente à medida que a oferta se normalize, segundo o relatório.
O ativo é outperform, com preço-alvo de US$ 68.
Grupo México
Os resultados do Grupo México serão afetados pelo desempenho mais fraco da Asarco e da parte de infraestrutura, segundo o Itaú BBA. A expectativa é que o Ebitda chegue a US$ 2,4 bilhões, uma queda de 1% em relação ao 2T21, mas alta de 61% sobre 3T20.
O Itaú BBA classificou o ativo como Market Perform, com preço-alvo em MXN$ 107.
Aura Minerals
A queda trimestral de 9% nas vendas de ouro, equivalente a 61 koz, deve fazer com que o Ebitda da Aura caia para US$ 36 milhões. Essa redução foi causada principalmente pela interrupção de três semanas na mina de San Andres e por problemas operacionais na Gold Road.
A Aura tem uma indicação de market Perform, com preço-alvo em R$ 72.