Investing.com – O Itaú Unibanco Holdings (BVMF:ITUB4) divulga balanço referente ao segundo trimestre deste ano na próxima segunda-feira, 07, com a perspectiva de controle do patamar de inadimplência, após dificuldades com esse indicador do Banco Bradesco (BVMF:BBDC4).
Para Itaú Unibanco, a projeção da plataforma InvestingPRO, que reúne estimativas de diversos analistas, é de um lucro por ação de R$0,88, com uma receita esperada de R$38,449 bilhões.
Fonte: InvestingPRO
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Em relatório divulgado aos clientes e ao mercado, o Santander (BVMF:SANB11) estima bons resultados trimestrais para o banco, com lucro líquido de R$8,734 bilhões, apoiado pelo controle da inadimplência. “No entanto, estimamos uma vez mais o aumento das provisões, como resultado de comparações fáceis do ano passado e a normalização que acreditamos que poderíamos ver no segmento atacado. Além disso, esperamos uma receita líquida positiva, resultante de rendimentos resilientes, que podem compensar a desaceleração do crescimento da carteira”, afirma o Santander.
A XP Investimentos (BVMF:XPBR31) espera expansão de dois dígitos na carteira de crédito do banco, impulsionada pelas linhas de crédito relacionadas ao consumo. Segundo Matheus Guimarães, analista do setor financeiro da XP, a margem Financeira Bruta deve seguir beneficiada pela alta na carteira de crédito. A XP estima leve alta na inadimplência, “atingindo um nível ainda saudável de 3,5% e um sólido índice de cobertura de 217%”, o que reforçaria a solidez do balanço. A expectativa é de um lucro líquido recorrente de R$8,6 bilhões.
Gabriel Bassotto, analista chefe de ações do Simpla Club, concorda que o resultado deve continuar forte, mas acredita que o contexto será de fraco crescimento na carteira de crédito expandida devido a alta na taxa de juros, situação ocorrida com o Bradesco.
“A concessão de crédito segue bem apertada, com muito risco ainda. Ao longo dos últimos meses, a inadimplência de todos os bancos veio aumentando. Por causa do Itaú a gente até enxerga que agora daqui em frente essa inadimplência vai começar a ceder”, aponta o analista, que acredita que, aos poucos, a inadimplência de quinze, noventa dias, vai começar também a fazer efeito na inadimplência acima de noventa dias.
Pedro Serra, chefe de pesquisas da Ativa Investimentos, avalia que o banco, ainda que com uma inadimplência muito bem controlada, deverá apresentar baixo crescimento da carteira de crédito, devido a menores concessões para pequenas e médias empresas. Com a esperada ainda baixa expansão de volume médio, a projeção é de que a margem financeira gerencial suba 2,7% frente ao trimestre anterior.
A Ativa espera um bom crescimento de prêmios emitidos e baixa sinistralidade. “Para provisões, acreditamos que o banco deverá provisionar R$9,25 bi, mantendo o nível de cobertura próximo de 200% e continuando com uma tese mais conservadora dada as adversidades ainda presentes no mercado”, detalha a Ativa, ao projetar lucro líquido de R$8,52 bilhões no trimestre.