Por Gabriel Codas
Investing.com - Na tarde desta segunda-feira as ações do Itaú Unibanco operam com desvalorização na B3, com as perdas maiores em relação ao Ibovespa hoje. O banco vai divulgar os resultados dos três primeiros meses do ano.
O mercado não espera números positivos para instituição, assim como dos outros bancos, uma vez que o setor enfrenta queda nas receitas de serviços e aumento de provisões para enfrentar um possível aumento da inadimplência diante da crise econômica provocada pela pandemia do coronavírus.
Por volta das 16h20, as ações do banco tinham perdas de 3,82% a R$ 21,88, em novo dia negativo para o Ibovespa. O principal índice acionário brasileiro registrava perdas de 2,71% aos 78.321 pontos.
Em relação ao setor, a XP Investimentos avalia que enquanto os impactos da Covid-19 nos bancos devem ser modestos no curto prazo, pois a crise se iniciou ao final do 1o tri, questões como aumento de provisões para inadimplências, spreads de crédito no cenário atual e impacto das várias medidas recentes do Banco Central de aumento de liquidez e efetividade das linhas especiais de crédito parcialmente financiadas pelo Tesouro.
O consenso de mercado estima que o maior banco privado do país deverá registrar no primeiro trimestre do ano um lucro líquido por ação de 0,66, sendo que no mesmo período de 2019 foi de R$ 0,71, cenário que eram esperados R$ 0,70. Já no fechamento do calendário anterior, o lucro do Itaú foi de R$ 0,75.
Em relação às receitas, o consenso de mercado é de um total de R$ 29,75 bilhões, sendo que no mesmo trimestre do ano passado foi de R$ 28,21 bilhões, diante de estimativa de R$ 27,66 bilhões. Já entre outubro e dezembro de 2019, o resultado foi de R$ 30,54 bilhões, quando eram esperados R$ 30,46 bilhões.
A equipe da XP estima um resultado negativo para Itaú, marcado pela queda de receitas e aumento do volume de provisões para perdas no crédito. Em se tratando de crédito, eles acreditam que o Itaú deve continuar expandindo sua carteira, principalmente pela fuga de grandes empresas do mercado de capitais para bancos, enquanto a inadimplência ainda não deve afetar este primeiro período. Gastos devem se manter controlados, uma vez que o final do trimestre foi marcado por uma redução no uso das instalações físicas da instituição, porém acreditam que essa queda pode se intensificar nos próximos trimestres.
Já o BTG Pactual (SA:BPAC11) espera que o lucro líquido da companhia seja de R$ 6,304 bilhões.