SÃO PAULO (Reuters) - Os índices de inadimplência do Itaú Unibanco devem subir em 2016, refletindo a recessão econômica do país, mas o banco também deve ter melhora na recuperação de créditos baixados com prejuízos, disse nesta terça-feira o presidente-executivo da instituição, Roberto Setubal.
"É natural que a inadimplência suba com a economia do que jeito que está", disse o executivo em entrevista a jornalistas.
O Itaú Unibanco viu seu índice de inadimplência acima de 90 dias subir de 3,3 para 3,5 por cento na passagem do terceiro para o quarto trimestre de 2015, no maior nível desde o começo de 2014.
Setubal evitou citar a dimensão da alta esperada para o índice neste ano e avaliou que o banco está gradualmente sendo mais eficaz na recuperação de créditos vencidos.
Nesse aspecto, a compra, no fim de 2015, da empresa de recuperação de crédito Recovery, por 640 milhões de reais, deve ajudar nesse esforço.
"Vamos usar a Recovery para recuperar mais crédito do que temos feito até agora", acrescentou.
EXPANSÃO INTERNACIONAL
De acordo com Setubal, também se aproveitando do cenário esperado de baixa atividade econômica do Brasil, o Itaú Unibanco pretende ampliar suas atividades na América Latina.
No curto prazo, porém, o foco da instituição é a integração do CorpBanca, concluída em 2015, mas que aguarda aprovação do Banco Central para ser efetivada. O aval do BC é esperado para acontecer até junho próximo.
(Por Aluísio Alves)