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JBS abastecerá lojas da Swift com energia elétrica do biogás de unidades da Friboi

Publicado 03.08.2023, 16:02
Atualizado 03.08.2023, 16:06
© Reuters. Trabalhadores em frigorífico da JBS
19/12/2017
REUTERS/Paulo Whitaker
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Por Letícia Fucuchima

SÃO PAULO (Reuters) - A JBS (BVMF:JBSS3) começará a abastecer lojas da Swift com energia renovável produzida a partir do processamento do metano em unidades produtivas da Friboi, avançando com o plano de tornar mais sustentável o consumo elétrico de suas lojas iniciado com a fonte solar, disseram executivos da companhia à Reuters nesta quinta-feira.

O projeto faz parte de uma parceria com a Âmbar Energia, empresa da J&F, também dona da JBS, que está investindo 54 milhões de reais para implantar biodigestores em nove processadoras de carne bovina da Friboi, iniciativa que ajudará na redução das emissões de metano das operações industriais do grupo.

Ao todo, dez lojas da Swift do interior e litoral do Estado de São Paulo serão abastecidas com energia elétrica gerada a partir do biogás, um energético limpo e renovável, que será produzido na planta da Friboi em Andradina (SP).

O biogás virá do tratamento de efluentes -- mais especificamente, da água de limpeza da fábrica --, identificados como os principal responsáveis pelas emissões de escopo 1 da Friboi.

Os geradores instalados pela Âmbar na unidade vão consumir em torno de 4,5 mil metros cúbicos por dia de biogás, volume suficiente para abastecer 600 residências, e a expectativa é de que entrem em operação comercial em dezembro.

O biogás complementa o plano de tornar mais renovável o consumo de eletricidade das lojas da Swift, que hoje contam também com geração própria de energia solar, destacou Raphael Jacob, diretor financeiro da Swift e responsável pelos programas de sustentabilidade.

A Swift já tem mais de 100 lojas com consumo atendido por geração solar própria, por meio de painéis fotovoltaicos instalados em seus telhados. Além disso, 45 outras unidades da marca recebem energia gerada remotamente em fazendas solares.

Jacob observou que, por terem consumo relativamente baixo, as lojas da Swift não estão habilitadas a comprar energia elétrica no mercado livre e, com isso, garantirem abastecimento 100% renovável a partir desses contratos.

"Só temos acesso ao mercado livre em três das 248 lojas que temos. Então, para todas as demais, a gente depende de uma solução que é composta ou por biogás, que está começando agora, ou por uma fazenda solar, via geração distribuída", explicou.

O executivo afirmou ainda que o projeto traz uma redução de custos, mas que essa economia é baixa e "secundária".

"Não olhamos muito para essa vertente do ganho financeiro, o que é mais importante nesse momento é ter essa matriz de fonte limpa."

No futuro, a expectativa é de que mais lojas da Swift possam ser atendidas por biogás gerado nas unidades da Friboi, afirmou o gerente de Meio Ambiente da companhia, Marcelo Dresch.

Ele lembrou que o energético produzido nas nove plantas também terá outras destinações além da geração de energia elétrica.

© Reuters. Trabalhadores em frigorífico da JBS
19/12/2017
REUTERS/Paulo Whitaker

Há projetos, por exemplo, para substituição de parte do consumo de gás natural da unidade de Campo Grande pelo biometano, e para trocar geradores a diesel em Ituiutaba (MG) por sistemas movidos a biogás.

Ainda segundo Dresch, outras unidades do grupo JBS, como a Seara, já começam a estudar a implantação de biodigestores "CSTR" para produzir biogás a partir do aproveitamento de resíduos da produção e da pecuária.

 

(Por Letícia Fucuchima)

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