(Reuters) - A empresa europeia de comércio eletrônico JoomPro anunciou nesta sexta-feira que está lançando uma plataforma de importação no Brasil com mais de 10 milhões de produtos chineses catalogados.
O negócio faz parte de um investimento de 50 milhões de dólares anunciado no ano passado visando a expansão das operações da companhia no mercado brasileiro até 2028.
A JoomPro possui foco no atacado, também chamado de B2B, atendendo revendedoras e pequenas companhias, diferente de outras empresas de e-commerce voltadas para o consumidor final.
O fundador do Joom, grupo internacional que engloba empresas de comércio eletrônico incluindo a JoomPro, o russo Ilya Shirokov, disse à Reuters que o catálogo, lançado no início de abril, já acumula mais de 1.000 cadastros, com quase metade (45%) representando vendedores de marketplaces.
"Antes, nosso serviço no Brasil era apresentado apenas como uma página, onde captaríamos a atenção de potenciais clientes e então conversaríamos com eles por meio do time de vendas", disse Shirokov. Ele acrescentou que os preços exibidos no catálogo já incluem custos como transporte e certificação.
"Nossos clientes poderão ver exatamente o que estarão pagando. Eles não precisam gastar muito tempo descobrindo quais seriam os custos de desembaraço aduaneiro e logística."
Segundo Shirokov, que também é presidente-executivo do grupo, cerca de 30% dos registros já efetuados no site são de varejistas online e offline, 10% revendedores B2B e 5% fábricas. De acordo com ele, há atualmente uma equipe local de 20 pessoas dedicada à plataforma brasileira, que reúne cerca de 10 mil fornecedores chineses.
A empresa espera contratar 100 funcionários no Brasil até o fim deste ano e prevê maiores gastos com publicidade, mas disse que não pretende aderir ao Remessa Conforme, programa do governo federal que oferece isenção no Imposto de Importação para mercadorias até 50 dólares, uma vez que o foco são as vendas no atacado.
Com sede em Lisboa, Portugal, o grupo Joom também possui escritórios nos Estados Unidos, Alemanha, Luxemburgo, Armênia e Letônia, e estuda ingressar outros países da América Latina.
(Reportagem de Patricia Vilas Boas)