(Reuters) - O repórter do Wall Street Journal Evan Gershkovich, preso e acusado de espionagem na Rússia na semana passada, reuniu-se com seus advogados pela primeira vez nesta terça-feira, disse a editora-chefe Emma Tucker em mensagem à equipe.
"A saúde de Evan está boa e ele agradece o apoio incomensurável de todo o mundo", disse Tucker na carta, cuja cópia foi vista pela Reuters.
"A família de Evan... está aliviada em saber que finalmente temos contato com Evan", disse a editora, acrescentando que se sentiu encorajada pela reunião.
Na quinta-feira passada, um tribunal de Moscou manteve Gershkovich em prisão preventiva até o dia 29 de maio sob acusações que podem acarretar em pena de prisão de até 20 anos.
Gershkovich recorreu da detenção por meio de seus advogados, enquanto Washington disse que estava se esforçando para garantir sua libertação.
O serviço de segurança interna russo FSB disse mais tarde que deteve um casal russo por suspeita de espionar uma instalação militar na cidade siberiana de Nizhny Tagil, que abriga uma fábrica de tanques. A agência Tass citou o FSB dizendo que o casal havia passado informações técnicas para a Ucrânia.
Um especialista político russo disse à Reuters na semana passada que Gershkovich planejava viajar para Nizhny Tagil, a cerca de 1.400 km ao leste de Moscou.
Um funcionário nomeado pelo Estado disse na segunda-feira que visitou Gershkovich na prisão de Lefortovo, em Moscou, a principal prisão preventiva para suspeitos de alto perfil e acusados de espionagem ou traição.
"Continuamos pedindo sua libertação imediata. A via legal é uma das várias vias que estamos trabalhando para defender a libertação de Evan", disse Tucker.
O Kremlin disse na semana passada, sem fornecer provas, que Gershkovich foi "pego em flagrante". O Wall Street Journal nega as acusações.
(Reportagem de Jake Cordell e David Ljunggren)