Investing.com - As ações da Oracle (NYSE:ORCL) chegaram a despencar 13,5% na terça-feira, 12, após a empresa divulgar uma desaceleração nas vendas de soluções em nuvem no trimestre. Essa desvalorização foi a maior já ocorrida em um dia para a companhia desde março de 2002.
Mesmo com esse tombo, as ações da Oracle ainda acumulam alta de 34,1% no ano.
A Oracle divulgou um faturamento ajustado de US$ 12,45 bilhões, o que representou uma expansão de 8,8% na comparação anual, mas ficou levemente abaixo dos US$ 12,44 bilhões esperados. Em moeda constante, a receita cresceu 8%, abaixo da projeção de 8,5%.
Além disso, o lucro por ação ajustado da Oracle foi de US$ 1,19, superando os US$ 1,03 do mesmo período do ano anterior e batendo a estimativa de US$ 1,15.
Os analistas da Monness, Crespit e Hardt rebaixaram as ações da Oracle ontem, enquanto seus pares do JPMorgan (NYSE:JPM) fizeram o mesmo algumas horas depois.
“A Oracle merece reconhecimento por seus resultados ao longo de vários anos e pelo crescimento total da receita recorrente, mas consideramos justo um múltiplo de fluxo de caixa livre não superior a um nível baixo/médio de 20 para um crescimento não-Cerner alvo de ~8% este ano, e talvez um crescimento de um dígito médio, com alguns desafios surgindo nos próximos trimestres”, escreveram os analistas do JPMorgan em um relatório de rebaixamento.
Eles acrescentaram que a pesquisa com diretores de informação (CIOs) sobre IA gerativa do banco de investimento, publicada em junho, levantou algumas dúvidas sobre a posição da Oracle. Os analistas reduziram o preço-alvo das ações em US$ 12, para US$ 100 por ação.
“Recentemente, tivemos dificuldades em justificar um valuation que havia subido para >25x EV/FCL, resultando em nosso preço-alvo nunca ultrapassando US$ 112, mesmo em meio a um recente conjunto de upgrades de classificação que temporariamente impulsionaram as ações acima desse nível”, acrescentaram eles.
As ações da Oracle subiam 2,22% por volta das 13h56 desta quarta-feira.