Bitcoin recua com tensão EUA-China e puxa queda generalizada no mercado cripto
Investing.com - O JPMorgan iniciou a cobertura da Brunello Cucinelli SpA e da Zegna Group com classificações acima da média, afirmando que ambas estão bem posicionadas para se beneficiar do crescimento estrutural no segmento de prêt-à-porter de altíssimo padrão.
O banco afirmou que este nicho está melhor posicionado do que o setor de luxo em geral, que está passando por um período de "reajuste" e expansão moderada de lucros.
Estabeleceu um preço-alvo de €125 para Cucinelli até dezembro de 2026, 28% acima dos níveis atuais, e US$ 11 para Zegna, implicando um potencial de alta de 26%.
"Vemos potencial significativo para ambas as ações", afirmaram os analistas liderados por Chiara Battistini em nota divulgada na segunda-feira.
Os analistas enfatizaram a resiliência dos indivíduos de alto patrimônio líquido (HNWIs), descrevendo-os como a parte mais estável e de crescimento mais rápido do mercado de luxo.
"Esses clientes muito ricos buscam cada vez mais receber das marcas de moda exclusividade, serviço superior e qualidade máxima", escreveram. Ambas as empresas, acrescentaram, estão posicionadas para atender a essa demanda por meio de exclusividade, forte controle da cadeia de suprimentos e herança de marca.
Para a Brunello Cucinelli, o JPMorgan prevê um crescimento anual composto do LPA de 13% entre 2025 e 2028, apoiado por clientes fiéis e investimentos recentes em capacidade. A pequena escala da empresa e a trajetória de crescimento anual de 10% nas receitas são vistas como vantagens sustentáveis.
As ações, com queda de 8% no acumulado do ano, agora são negociadas com desconto em relação ao histórico recente, o que o banco chamou de "um ponto de entrada atrativo". Os analistas observaram que a Cucinelli tradicionalmente era negociada com um prêmio semelhante ao da Hermes, tornando a recente queda e o atual desconto de 10% em relação aos seus múltiplos históricos ainda mais notáveis.
Já a Zegna deve acelerar após um período de investimentos e reestruturação do atacado. O JPMorgan espera que o crescimento lucrativo seja retomado já no segundo semestre de 2025, impulsionado pelo renovado impulso da marca Zegna e da Tom Ford.
O banco projeta um crescimento anual do EBIT de 18% até 2028, com margens atingindo 12%.
Os analistas afirmaram que sua avaliação de fluxo de caixa descontado para dezembro de 2026 indica potencial significativo, com um preço-justo de US$ 11. A ação atualmente é negociada com desconto de aproximadamente 30% em relação ao setor de luxo mais amplo nos múltiplos de lucros de 2026-27, apesar de seu CAGR de lucros estimado em 20%.
A nota também destacou como as abordagens de ambas as marcas em relação ao artesanato e à produção as diferenciam. A Cucinelli depende de laços profundos com artesãos italianos, guiada pelo que seu fundador chama de "Capitalismo Humanista", enquanto a Zegna opera uma das cadeias de suprimentos mais verticalmente integradas do setor por meio de sua rede Filiera.
Em um setor que enfrenta tendências moderadas e expansão limitada dos resultados, os analistas acreditam que esses dois nomes se destacam como players de nicho com perfis de crescimento previsíveis.