Por Nivedita Balu e Mike Scarcella
BENGALURU/MARYLAND (Reuters) - Uma juíza federal do Estado norte-americano da Califórnia decidiu que o presidente executivo da Alphabet (NASDAQ:GOOGL) (SA:GOGL34), Sundar Pichai, poderá ser interrogado por até duas horas em um processo envolvendo a privacidade do modo "anônimo" do Google Chrome.
Na ação, movida em junho de 2020, usuários acusam o Google, que pertence a Alphabet, de rastrear ilegalmente o conteúdo acessado por eles enquanto utilizavam o modo de navegação "anônimo" do Chrome.
Os usuários argumentam que Pichai tem "conhecimento pessoal e único" de questões relacionadas ao navegador Chrome e à política de privacidade da empresa, segundo documentos judiciais.
O porta-voz do Google José Castañeda disse à Reuters que os novos pedidos eram "injustificados e exagerados".
"Embora contestemos veementemente as reivindicações neste caso, nós cooperamos com os inúmeros pedidos dos reclamantes... Continuaremos a nos defender vigorosamente", disse Castañeda.
Pichai foi avisado em 2019 de que descrever o modo de navegação anônimo do navegador como "privado" era problemático, mas manteve sua posição porque não queria o recurso "sob os holofotes", de acordo com um documento judicial de setembro.
Em sua ordem na segunda-feira, a juíza Susan van Keulen, de San Jose, Califórnia, disse que, com base em alguns documentos, informações relevantes específicas foram comunicadas a Pichai, e possivelmente partiram dele, e, por isso, a magistrada deu apoio a um pedido dos advogados dos usuários para questionar o executivo.
O Google disse anteriormente deixar claro que o modo anônimo apenas impede os dados de serem salvos no dispositivo do usuário, e está se defendendo do processo.
As políticas de privacidade do Google geraram escrutínio regulatório e legal nos últimos anos em meio a crescentes preocupações do público sobre a vigilância online.