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Juros: Aposta em políticas monetárias mais frouxas de Fed e Copom derruba taxas

Publicado 13.03.2023, 15:19
Juros: Aposta em políticas monetárias mais frouxas de Fed e Copom derruba taxas

Os juros futuros fecharam a segunda-feira, 13, em forte queda, refletindo a reprecificação das apostas de política monetária tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, tendo ainda como pano de fundo o risco de que uma possível crise no mercado de crédito desemboque numa recessão após o colapso de dois bancos americanos na semana passada. Mesmo com as intervenções do Federal Reserve para estancar os efeitos no sistema bancário, o mercado viu o evento como um sinal de alerta para as ações dos bancos centrais. Internamente, contribuiu ainda para o alívio nos prêmios de risco a expectativa pelo novo arcabouço fiscal que, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está pronto, à espera do aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nesse contexto, o mercado ampliou significativamente as apostas para o ciclo total de afrouxamento monetário, agora em 300 pontos-base.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 fechou em 13,00%, de 13,15% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2025 terminou a 12,16%, de 12,36% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2027 recuou de 12,64% para 12,48% e a do DI para janeiro de 2029, de 13,04% para 12,88%.

O movimento de realização de lucros visto na sexta-feira hoje não conseguiu avançar, com as taxas operando em baixa desde a abertura, na medida em que a curva dos Treasuries ia afundando. Além de intervir no Silicon Valley Bank (SVB) e no Signature Bank, o Fed anunciou ontem um programa de emergência a outras instituições para tentar conter os efeitos do colapso sobre o sistema bancário. A decisão foi bem recebida, mas não deixou de ser lida como um alerta sobre o risco de contágio, o que fez "subirem no telhado" as apostas de altas de juros nos Estados Unidos. Mais do que zerar as expectativas de aperto de 50 pontos-base no encontro de março, o mercado passou a considerar a possibilidade de manutenção da faixa dentre 4,50% e 4,75%. Ao mesmo tempo, dispararam as chances de redução da taxa até o fim do ano.

O operador de renda fixa da Nova Futura Investimentos André Alírio destaca que eventos deste tipo podem ter desdobramentos "muito acelerados" e, muitas vezes, não totalmente controláveis, em mercados mais dinâmicos, como nos Estados Unidos. "O discurso hawkish do Fed deve ser revisado. Se o quadro piorar, não dá para ser credor em larga escala e, com isso, pode-se ter de usar a política monetária pelo menos afrouxando o discurso", afirma.

Uma mudança no juro dos EUA americana teria impactos ao redor do globo e, por isso, no Brasil o mercado agora espera um ciclo mais amplo de cortes da Selic, chegando a 300 pontos-base, ante 245 pontos na sexta-feira. De acordo com a BlueLine Asset, a curva segue apontando chance de início do processo no Copom de maio, entre 30% e 35% para uma redução de 25 pontos, sendo de 65% a 70% para estabilidade em 13,75%. Para a reunião da semana que vem, o consenso é de manutenção com apenas 3 pontos-base de queda precificados. Para o fim de 2023, aponta taxa de 12,25% e para o fim de 2024, entre 11% e 10,75%.

Se o novo arcabouço fiscal realmente agradar, como previu a ministra do Planejamento, Simone Tebet, haveria condições para que o Copom na reunião da semana que vem adapte sua comunicação, trabalhando o espírito do mercado com antecedência. Haddad disse hoje que, do ponto de vista da sua pasta, não falta nada para apresentar a proposta. Segundo apurou o Broadcast, ele deve tornar o texto público até terça-feira da semana que vem, 21. Faltam apenas duas reuniões oficiais para que o documento seja formalmente anunciado: com o presidente Lula e com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

Em evento pela manhã, Haddad disse que vê espaço para reduzir os juros no Brasil mesmo diante de um cenário internacional "turbulento", referindo-se à quebra do SVB nos Estados Unidos. "Diria que tem uma 'gordura' no Brasil que permite a nós - tomando as providências que estão sendo tomadas, e que vêm sendo reconhecidas pelo Banco Central nas atas que ele divulga -, um espaço que o mundo não tem", afirmou.

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