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Juros: Taxas resistem à alta dos Treasuries e ficam de lado

Publicado 20.09.2022, 14:56
© Reuters Juros: Taxas resistem à alta dos Treasuries e ficam de lado
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Os juros futuros terminaram a terça-feira, 20, de lado, conseguindo filtrar boa parte da influência negativa vinda de Wall Street onde as bolsas voltaram a amargar perdas e os juros dos Treasuries avançaram. A blindagem continuou, em boa medida, sendo amparada pelo impacto positivo do apoio do ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência, num dia sem agenda de indicadores relevantes aqui e no exterior. As apostas para o Copom amanhã seguem bem ajustadas para manutenção da Selic em 13,75%, com a opção de alta de 25 pontos-base correndo por fora, e previsão de comunicado "hawkish".

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 fechou estável em 13,77% e a do DI para janeiro de 2024 passou de 13,229% para 13,24%. O DI para janeiro de 2025 encerrou com taxa de 11,92%, de 11,937% ontem, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 11,565%, de 11,573%.

Apesar do cenário externo continuar avesso ao risco, os juros resistiram perto da estabilidade, alternando viés de alta e de baixa, mas de forma geral bem comportados considerando que a curva americana abriu, com a T-Note de 2 anos já flertando com a marca de 4%. O dólar esteve em alta generalizada, com exceção na relação com o real.

Tanto o câmbio quanto os DIs continuam sendo respaldados pelo "efeito Meirelles", com o mercado cada vez mais confiante de que ele possa integrar o governo numa eventual gestão de Lula. Hoje, o ex-ministro do governo Temer afirmou ao Broadcast ver a resistência do PT ao teto de gastos como "uma questão de discussão", que é possível mantê-lo e ao mesmo tempo fazer política social, o que soa como música aos ouvidos dos agentes.

A economista-chefe da MAG Investimentos, Patricia Pereira, afirma que o mercado "tem respirado política nos últimos dias" e vê com bons olhos o fato de que Meirelles, mesmo se for para um eventual governo do PT - notadamente crítico à regra do teto - segue com suas convicções. "Mesmo que ainda sem o ok da campanha do PT, ele está se colocando disponível para cargo num momento em que as pesquisas deram uma piorada para Bolsonaro", afirma a economista.

Segundo pesquisa Ipec (ex-Ibope) divulgada ontem à noite, Lula subiu 1 ponto nas intenções de voto, de 46% para 47%, e o presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, manteve-se com 31%. Nos votos válidos, Lula teria 52% das intenções e poderia vencer no primeiro turno.

Nos bastidores, porém, ala do PT acredita que Meirelles será uma figura emblemática para as decisões econômicas sem precisar ocupar a Fazenda, podendo ocupar a presidência do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), o antigo Conselhão.

Para o Copom, amanhã, a percepção é de um comunicado hawkish mesmo se mantiver o juro em 13,75%. "O BC não vai querer que o mercado entenda o fim do ciclo como sinônimo de início dos cortes", disse a economista da MAG.

Para a equipe de economistas da Terra Investimentos, o BC deverá sinalizar que pretende manter as condições monetárias inalteradas até que sinais de desinflação se materializem. "Até lá, o BC deve reforçar que se manterá vigilante ao cenário macroeconômico a fim de promover ajustes, caso julgue necessário", afirmam os profissionais, em relatório.

Na gestão da dívida, o Tesouro contribuiu para segurar a curva ao colocar lote menor de NTN-B no leilão desta terça, de 800 mil títulos, vendidos integralmente, ante 2 milhões na semana passada.

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