Os juros futuros corrigiram parte da forte adição de prêmios vista nos últimos dias e fecharam em baixa, mais pronunciada nos vencimentos intermediários, justamente os que mais vinham subindo desde o começo da semana.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 fechou em 6,20%, de 6,265% ontem no ajuste, a do DI para janeiro de 2023 caiu de 7,69% para 7,56%. O DI para janeiro de 2025 fechou com taxa de 8,36%, de 8,455% ontem, e o DI para janeiro de 2027, com taxa de 8,72%, de 8,76%.
O clima de apetite ao risco no exterior e o dólar em queda acabaram por estimular um ajuste na curva, assim como o IGP-M de julho abaixo da mediana das estimativas.
O IGP-M subiu 0,78% em julho, bem abaixo da mediana das estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast, de 0,90%, com destaque para os preços do atacado agrícola, que aprofundaram a deflação (-0,90% para -1,33%).
Mesmo diante dos riscos representados pela crise hídrica e da possível redução da oferta de alimentos em função das geadas, o coordenador de índices de preços da FGV, André Braz, prevê para o segundo semestre variações do indicador muito abaixo das observadas em igual período de 2020.
No fim da tarde, o mercado ensaiou uma piora após o resultado do governo central do mês passado, que trouxe déficit primário de R$ 73,5 bilhões, ante mediana de saldo negativo de R$ 66,4 bilhões. O número também é pior do que a mediana das expectativas do Prisma, de déficit de R$ 56,9 bilhões.
O resultado foi impactado por questões como a antecipação do 13º de aposentados e pensionistas, que foram pagos em maio, junho e julho neste ano, segundo o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt.
O leilão de prefixados teve lotes e risco menores do que o anterior de mesmos vencimentos, sem exercer pressão sobre a curva.