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Juros voltam a subir pressionadas por piora de cenários de inflação e Selic

Publicado 10.06.2021, 14:54
Atualizado 10.06.2021, 18:10
© Reuters.  Juros voltam a subir pressionadas por piora de cenários de inflação e Selic

Os juros voltaram a subir nesta quinta-feira, mesmo com o mercado de câmbio comportado e o rendimento dos Treasuries mantendo-se em baixa durante todo o dia. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acima do esperado na divulgação de quarta-feira e os ajustes aos cenários de inflação e Selic continuaram pesando sobre as taxas, com o mercado apostando que o orçamento do aperto monetário será esticado. A curva já indica Selic fechando o ano em 7%, cada vez mais distante do que é visto como nível neutro (entre 6,25% e 6,5%), mas para a próxima semana está mantido o consenso de que o Comitê de Política Monetária (Copom) subirá a Selic em 0,75 ponto porcentual.

Instituições financeiras seguiram revisando para cima números de inflação, Produto Interno Bruto (PIB) e Selic, e uma mudança na comunicação do Copom para um tom mais "hawkish" é dada como certa, a começar pela retirada do termo "parcial" sobre na normalização da Selic.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 subiu de 5,233% para 5,305% e a do DI para janeiro de 2023, nesta quinta o mais líquido, terminou com taxa de 6,92%, de 6,824% na quarta. O DI para janeiro de 2025 tinha taxa de 7,94% no fim da sessão regular, de 7,845% na quarta, e a do DI para janeiro de 2027 subiu para 8,42%, de 8,334%.

Pela manhã, as taxas rodavam perto da estabilidade, com viés de alta, absorvendo sem sustos a inflação ao consumidor norte-americano de maio, que superou a mediana das estimativas, e as mensagens do Banco Central Europeu (BCE), que nesta quinta teve reunião de política monetária. À tarde, passado o leilão, o mercado começou a piorar, com aceleração do avanço e máximas renovadas na última hora de negócios.

Não houve um gatilho específico a detonar o movimento, mas que não se via nos demais ativos. O economista-chefe da Greenbay Investimentos, Flávio Serrano, credita a postura mais defensiva a ajustes na percepção sobre a sinalização do Copom. "Acho que é correção mais o IPCA de ontem. O mercado está megapressionado, especialmente os curtos, talvez temendo um BC mais hawk", disse.

A leitura do IPCA de quarta, o otimismo com o desempenho da atividade e o risco de crise energética colocam em dúvida a interpretação do Banco Central de que os choques de preços são temporários e o mercado passou a trabalhar a ideia de mudança no discurso de que a normalização da Selic será parcial, diante do risco de descontrole das expectativas e para trazer o IPCA de 2022 de volta à meta.

O Itaú Unibanco anunciou nesta quinta uma série de revisões de indicadores, entre eles de Selic (5,5% para 6,0%) e IPCA (5,3% para 5,6%) no fim de 2021. Para o Copom da quarta-feira, a previsão é de aumento de 0,75 ponto, com mudança na comunicação. "Acreditamos que o Copom deva abandonar a menção, presente nos documentos recentes, a uma normalização 'parcial' do grau de estímulo monetário, dado o contexto de inflação ainda bastante pressionada e surpresa significativa com a retomada da economia", afirma o banco, em relatório.

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