Por Sabina Zawadzki e Ole Mikkelsen
COPENHAGUE (Reuters) - A polícia matou neste domingo o homem de 22 anos, nascido na Dinamarca, depois de ele ter assassinado duas pessoas, uma durante um debate e a outra em uma sinagoga de Copenhague, em dois atentados que podem ter sido inspirados no ocorrido na França, contra o semanário Charlie Hebdo, disseram autoridades.
O chefe do serviço secreto dinamarquês, Jens Madsen, afirmou que o homem já era conhecido e provavelmente agia sozinho. A polícia informou que ele tinha antecedentes de violência e posse de armas. O nome dele não foi divulgado.
Dois civis, o segurança de uma sinagoga e um cineasta, foram mortos e outras cinco pessoas ficaram feridas nos dois ataques separados na capital dinamarquesa, no sábado.
Testemunhas disseram que o homem disparou até 40 tiros no café onde era realizado o evento com o artista sueco Lars Vilks, que já recebeu ameaças de morte por representar o profeta Maomé com uma cabeça de cachorro. Vilks saiu ileso.
O homem depois foi até a sinagoga onde o segurança foi abatido. No domingo, milhares de dinamarqueses deixaram flores na sinagoga.
"Nós somos um país pequeno e essas coisas não acontecem aqui", disse o estudante Frederikke Baastrup, de 28 anos, refletindo o sentimento de grande parte da população, de choque, considerando a reputação do país, considerado um lugar seguro e com tolerância social.
As autoridades dinamarquesas estavam em alerta desde janeiro, depois que homens armados mataram 17 pessoas em três dias de violência em Paris, que começaram com um ataque ao jornal Charlie Hebdo, conhecido por suas sátiras sobre o Islã, outras religiões e políticos.
Madsen disse que os ataques de Paris parecem ter inspirado os de Copenhague.
A polícia disse, no entanto, não acreditar que o autor dos ataques havia recebido treinamento em campos jihadistas no Oriente Médio.
O homem tinha duas armas quando foi morto, e a polícia depois encontrou uma arma automática que deve ter sido usada nos ataques de sábado.
A primeira-ministra da Dinamarca, Helle Thorning-Schmidt, afirmou que os ataques foram terrorismo, mas que isso não representava o início de uma guerra entre o Ocidente e o Islã.