Alba Santandreu.
São Paulo, 29 set (EFE).- Após mais de 60 anos percorrendo milhares de quilômetros pelo mundo, a Kombi, a mítica caminhonete "hippie" da Volkswagen, deixará de ser produzida em todo o mundo agora que o Brasil, único país a manter a montagem do modelo, anunciou o fim da sua fabricação em dezembro.
Considerado como um objeto de culto para muitos de seus fãs, a Kombi traçou durante décadas o caminho de várias famílias e trabalhadores no mundo todo, especialmente no Brasil, onde durante mais de 30 anos foi o único veículo de carga que circulou pelas estradas.
"A 'Kombi' é a caminhonete que construiu o Brasil. É um momento triste para os colecionadores", explicou à Agência Efe o presidente da associação de São Paulo "Sampa Kombi Clube Volkswagen", Eduardo Gedrait, que destacou a "força, a manutenção simples e a versatilidade" do veículo lançado em 1950 na Alemanha.
Agora, 63 anos depois, a mítica caminhonete se despede do mercado por causa da nova legislação brasileira sobre segurança no transporte, que inclui, entre outras medidas, a exigência do sistema de airbag.
"Não se pode lutar contra essa decisão. É preciso aceitá-la, o modelo está defasado, tanto em conforto como em segurança. Na Alemanha esse tipo não é fabricado desde 1979. O Brasil conseguiu com muito esforço mantê-lo até agora", acrescentou Gedrait.
Protagonista de vários filmes, elemento inseparável da estética hippie e companheira de viagem de famosos, como o jornalista Heródoto Barbeiro, a Volkswagen começou a escrever, com três meses de antecedência, o epitáfio de um de seus modelos mais populares, junto com o famoso "Fusca".
"Todo carro merece um anúncio de lançamento, mas só um ícone como a Kombi merece também um de despedida, afirmava um comercial da Volks em uma revista ao informar que "a última Kombi do mundo será fabricada no final deste ano".
A fabricação do modelo no país começou em 1957 e desde então foram produzidos no país um milhão e meio de veículos.
Antes de aposentar a mítica caminhonete, a Volkswagen anunciou o lançamento de uma edição especial. Limitada inicialmente a 600 unidades, foi ampliada para 1200 por causa da enorme procura.
A "Sampa Kombi Clube Volkswagen", associação que reúne cerca de 350 amantes do veículo em São Paulo, realizou uma concentração de Kombis no Sambódromo do Anhembi, evento que, segundo seu presidente, ganhou mais atenção depois do anúncio do fim da produção.
Otávio Costa é engenheiro civil e sua paixão pelo modelo o levou a colecionar em sua garagem 11 exemplares personalizados.
"Ter uma Kombi para mim é uma questão de estilo e personalidade. Gosto muito de dirigi-la, é maravilhoso, apesar de ser desconfortável e barulhenta. Todo mundo deseja uma, é um veículo 'cool' e estiloso", disse.
Em 31 de dezembro, a Volskwagen parará as máquinas do modelo, mas pelo menos por mais alguns anos, a Kombi continuará percorrendo as ruas do Brasil como uma autêntica peça de colecionador. EFE
ass/cd/ma
São Paulo, 29 set (EFE).- Após mais de 60 anos percorrendo milhares de quilômetros pelo mundo, a Kombi, a mítica caminhonete "hippie" da Volkswagen, deixará de ser produzida em todo o mundo agora que o Brasil, único país a manter a montagem do modelo, anunciou o fim da sua fabricação em dezembro.
Considerado como um objeto de culto para muitos de seus fãs, a Kombi traçou durante décadas o caminho de várias famílias e trabalhadores no mundo todo, especialmente no Brasil, onde durante mais de 30 anos foi o único veículo de carga que circulou pelas estradas.
"A 'Kombi' é a caminhonete que construiu o Brasil. É um momento triste para os colecionadores", explicou à Agência Efe o presidente da associação de São Paulo "Sampa Kombi Clube Volkswagen", Eduardo Gedrait, que destacou a "força, a manutenção simples e a versatilidade" do veículo lançado em 1950 na Alemanha.
Agora, 63 anos depois, a mítica caminhonete se despede do mercado por causa da nova legislação brasileira sobre segurança no transporte, que inclui, entre outras medidas, a exigência do sistema de airbag.
"Não se pode lutar contra essa decisão. É preciso aceitá-la, o modelo está defasado, tanto em conforto como em segurança. Na Alemanha esse tipo não é fabricado desde 1979. O Brasil conseguiu com muito esforço mantê-lo até agora", acrescentou Gedrait.
Protagonista de vários filmes, elemento inseparável da estética hippie e companheira de viagem de famosos, como o jornalista Heródoto Barbeiro, a Volkswagen começou a escrever, com três meses de antecedência, o epitáfio de um de seus modelos mais populares, junto com o famoso "Fusca".
"Todo carro merece um anúncio de lançamento, mas só um ícone como a Kombi merece também um de despedida, afirmava um comercial da Volks em uma revista ao informar que "a última Kombi do mundo será fabricada no final deste ano".
A fabricação do modelo no país começou em 1957 e desde então foram produzidos no país um milhão e meio de veículos.
Antes de aposentar a mítica caminhonete, a Volkswagen anunciou o lançamento de uma edição especial. Limitada inicialmente a 600 unidades, foi ampliada para 1200 por causa da enorme procura.
A "Sampa Kombi Clube Volkswagen", associação que reúne cerca de 350 amantes do veículo em São Paulo, realizou uma concentração de Kombis no Sambódromo do Anhembi, evento que, segundo seu presidente, ganhou mais atenção depois do anúncio do fim da produção.
Otávio Costa é engenheiro civil e sua paixão pelo modelo o levou a colecionar em sua garagem 11 exemplares personalizados.
"Ter uma Kombi para mim é uma questão de estilo e personalidade. Gosto muito de dirigi-la, é maravilhoso, apesar de ser desconfortável e barulhenta. Todo mundo deseja uma, é um veículo 'cool' e estiloso", disse.
Em 31 de dezembro, a Volskwagen parará as máquinas do modelo, mas pelo menos por mais alguns anos, a Kombi continuará percorrendo as ruas do Brasil como uma autêntica peça de colecionador. EFE
ass/cd/ma