NAIRÓBI (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou a uma plateia de empreendedores africanos no Quênia, neste sábado, que eles podem ajudar a debelar ideologias violentas e impulsionar o crescimento na África.
Ele disse que os governos dos países africanos devem auxiliar o empreendedorismo ao garantir o Estado de Direito e combater a corrupção.
Obama discursou em uma Conferência Global de Empreendedorismo logo no início da primeira visita de um presidente dos EUA em exercício ao Quênia, terra natal de seu pai e maior economia da África Oriental, região assolada por ataques do grupo islamista Al Shabaab, da Somália.
Temas de segurança devem ser predominantes na reunião de Obama com o presidente queniano, Uhuru Kenyatta, na sede do governo, onde Obama recebeu as boas-vindas oficiais com uma salva de tiros. Kenyatta descreveu os EUA como "fortes apoiadores do Quênia" antes de seguir para um encontro reservado.
Esteve presente nas conversas na sede do governo o vice-presidente queniano, William Ruto, que enfrenta acusações no Tribunal Penal Internacional de que tenha estimulado assassinatos étnicos após a disputa eleitoral de 2007 no Quênia. Ele nega as acusações. Kenyatta enfrentou denúncias semelhantes no passado, mas as acusações contra ele acabaram sendo retiradas.
Obama demonstra disposição em impulsionar as relações econômicas com a África, onde a China supera os EUA como principal parceiro comercial desde 2009.
"A África está avançando. A África é uma das regiões de crescimento mais rápido no mundo", disse Obama na conferência, em que foi recebido com aplausos ao abrir sua fala com a palavra "Jambo", equivalente a "olá" na língua swahili. "É maravilhoso estar de volta ao Quênia", acrescentou ele.