RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira nova fase da operação Lava Jato com o objetivo de ampliar as investigações sobre contratos de afretamento de navios celebrados pela Petrobras (SA:PETR4) em valores que ultrapassam 6 bilhões de reais, por suspeitas de corrupção e propina para favorecimento de empresas, informou a PF em nota.
"Há suspeitas de que algumas empresas teriam sido beneficiadas com informações privilegiadas acerca da programação de contratação de navios utilizados para transporte marítimo de petróleo e derivados da empresa, de forma que tiveram valiosa vantagem competitiva na captação dos negócios. Em contrapartida, há evidências de pagamentos de propina a empregados da empresa pública", disse a polícia.
De acordo com a PF, são investigados empregados da Petrobras e pessoas e empresas que aparecem nos negócios firmados pela Petrobras como brokers, que teriam corrompido funcionários da estatal para garantir negócios de fornecimento de transporte de produtos.
A Justiça expediu 12 mandados de busca e apreensão, sendo 1 em São Paulo, 10 no Rio de Janeiro e 1 em Niterói (RJ), com o objetivo de colher evidências do envolvimento de empregados vinculados à Diretoria de Abastecimento e Logística e Gerência de Afretamentos da Petrobras com atos de corrupção e lavagem de dinheiro, além das outras empresas suspeitas de envolvimento, acrescentou a PF.
(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)