SÃO PAULO (Reuters) - Novos projetos de térmicas a gás natural conseguiram comprovar combustível para participar do leilão de energia A-5 marcado para setembro, segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim.
"Vai ter térmica participando, vai ter térmica a gás e vai ter a carvão e a biomassa, com cavaco de madeira e bagaço de cana", disse Tolmasquim a jornalistas, após participar de evento promovido por BMFBovespa e Apimec SP nesta terça-feira.
Segundo ele, há térmicas que usarão gás nacional, como o do Amazonas, e outras que utilizarão combustível importado, o gás natural liquefeito (GNL).
O leilão A-5 vai contratar energia de novas usinas que precisa ser entregue a partir de 2019. No certame, além das térmicas, poderão participar hidrelétricas, pequenas centrais hidrelétricas, eólicas e solares. Mas a expectativa do setor elétrico está focada nas térmicas, fonte que pode ser acionada rapidamente para ajudar no suprimento de energia em momentos de estiagem nas hidrelétricas.
No passado, projetos térmicos não conseguiram comprovar ter combustível para participar dos leilões, porque não há grandes reservas de gás natural no Brasil disponível para as térmicas.
O governo pretende contratar 7500 MW de nova capacidade de geração termelétrica no país até 2018.
Além da biomassa, a meta é que a maioria dessas novas térmicas seja a gás natural, mas isso também vai depender se o Brasil terá gás barato do pré-sal.
Muitas térmicas acionadas atualmente usam GNL do exterior, comprando a preços entre 14 a 15 dólares por milhão da unidade de energia chamada BTU. O preço praticado nos Estados Unidos, onde há gás barato, é de cerca de 3 dólares por milhão de BTU.
(Por Anna Flavia Rochas)