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Bolsa sinaliza correção após reforma trabalhista e condenação de Lula

Publicado 13.07.2017, 09:31
Bolsa sinaliza correção após reforma trabalhista e condenação de Lula
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Investing.com - O mercado deve buscar um ajuste após a disparada dos últimos dias impulsionada pela apresentação de um cenário pós-Temer mais claro, com Rodrigo Maia, a aprovação da reforma trabalhista e a condenação de Lula, que poderá retirar o ex-presidente das eleições de 2018, caso seja reafirmada na segunda instância.

O Ibovespa Futuros opera em leve baixa de 0,1% a 65.460 pontos.

O Ibovespa avançou 1,6% ontem e encostou nos 65 mil pontos, com uma subida de 1 mil pontos no pregão. Foi a terceira alta seguida da bolsa em sequência que acumula ganhos de 4%. O fechamento de ontem representa o maior patamar desde 17 de maio, quando a divulgação da delação da J&F derrubou o mercado.

Os principais motores dessa alta já começam a sair do pensamento dos investidores, com a apresentação na segunda-feira de um relatório que aceita a denúncia contra Michel Temer na CCJ da Câmara dos Deputados e a consolidação do nome de Rodrigo Maia para substituí-lo. Na terça, a aprovação da reforma trabalhista animou ainda mais o mercado, que aguarda especialmente a da Previdência. E ontem, o grande furor veio com a condenação de Lula a nove anos e seis meses de prisão.

Os temas políticos econômicos à frente não devem trazer tanto ânimo. Temer precisa resolver com Maia a retificação da reforma trabalhista que foi combinada com os senadores. O presidente da Câmara foi duro ontem ao afirmar que como não participou do acordo, não receberia a medida provisória sobre o tema. À noite, contudo, suavizou o discurso e disse que analisaria o texto antes.

O presidente ainda tentará votar a rejeição da denúncia da PGR na Câmara antes do recesso, que começa na próxima terça-feira. As chances de sucesso são baixas, pois exigiria um quórum mínimo de 342 deputados, algo difícil de se conseguir numa sexta-feira ou segunda-feira normais, ainda mais complicado dias antes do recesso.

Com a votação em agosto, as chances de Temer diminuem, pois a história mostra que os parlamentares voltam pressionados das suas bases para contrariar políticas do governo. Como o presidente possui 7% de aprovação, a expectativa é que os deputados indecisos ou em negociação com o governo cobrem um preço mais caro ou desistam de apoiar publicamente a rejeição da denúncia.

A expectativa por um sinal positivo para o mercado pode vir amanhã com os dados do IBC-Br que podem surpreender, especialmente dada a fraca base de comparação com o ano passado.

Do exterior vem bons dados da China, que mostram o gigante asiático com a economia aquecida. As exportações subiram 11,3%, acima da expectativa de 8,7%, enquanto as importações avançaram 17,2%, contra projeções de 13,1%, na comparação anual.

Janet Yellen volta ao Congresso dos EUA hoje para a segunda etapa da audiência semestral do presidente do Fed ao legislativo norte-americano. Ontem, ela reforçou a decisão de seguir elevando juros no país de maneira gradual. Os mercados reforçaram as apostas em uma manutenção do patamar atual até 2018, segundo o Monitor da Taxa do Fed do Investing.com

Commodities

O petróleo opera com leve baixa nesta quinta-feira devolvendo parte dos ganhos dos últimos dias empurrados pela queda dos estoques dos EUA. No EUA, o WTI cede 0,1% para US$ 45,44 o barril, enquanto o Brent perde 0,3% para US$ 47,60 barril. No radar, a agência internacional de energia elevou a previsão da demanda por petróleo neste ano.

O minério de ferro fechou estável nas negociações de futuros da Bolsa de Dalian a 491 iuanes. Para a entrega spot, a commodity avançou 2,9% a US$ 65,91 a tonelada.

Mundo corporativo

A Petrobras (SA:PETR4) anunciou nesta quinta-feira uma redução de 0,9% nos preços do diesel e uma alta de 1,7% nos preços da gasolina nas refinarias, e os reajustes são efetivos a partir da sexta-feira.

O Bradesco (SA:BBDC4) lançou nesta quinta-feira um plano de desligamento voluntário para funcionários da instituição.

A Alpargatas (SA:ALPA4) foi vendida pela J&F Investimentos para grupo que inclui Cambuhy Investimentos e Itaúsa, por R$ 3,5 bilhões.

A Brookfield estaria em negociação para comprar a fatia da J&F em empreendimentos de transmissão de energia por até R$ 1 bilhão.

A Cemig (SA:CMIG4) começou ontem a se reunir com potenciais investidores para negociar a Light (SA:LIGT3).

A Ecorodovias (SA:ECOR3) foi elevada para 'compra' de 'manutenção' pelo Santander (SA:SANB11).

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