SÃO PAULO (Reuters) - A Louis Dreyfus Company (LDC) anunciou nesta quinta-feira que começou a operar no final do ano passado como comercializadora no mercado livre de energia brasileiro, conforme comunicado.
A companhia disse que a proposta é expandir a atuação utilizando a energia cogerada pelas usinas a partir da biomassa da cana.
"Queremos operar de forma direcional às oportunidades do mercado livre de energia, além de atender integralmente os mais de 40 grupos de usinas com os quais já originamos açúcar e etanol, e, com isso, suprir a demanda da LDC e de seus clientes, aumentando a participação de energia renováveis na composição de uma matriz energética mais competitiva e sustentável", afirmou chefe da Plataforma de Açúcar para a Região Norte Latam da LDC, Mario Barbosa, em nota.
Atualmente, as instalações brasileiras da LDC já adquirem 90% da energia que consomem do mercado livre, cerca de 35 MW médios mensais.
O mercado livre está expansão no Brasil, disse a Dreyfus, citando dados da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), de aumento de 17% em 12 meses.
“Os principais fatores do crescimento são os preços competitivos, a previsibilidade da contratação sob demanda e a opção por fontes renováveis. Nos últimos 12 meses, as tarifas do mercado livre chegaram a ser 51% inferiores aos preços fixados pelo mercado regulado”, disse Barbosa.
O segmento responde atualmente por mais de 37% do consumo total de eletricidade e já absorveu 97% da energia de biomassa produzida no país, disse a companhia citando a Abraceel.
(Reportagem de Nayara Figueiredo)