LONDRES (Reuters) - A empresa britânica de energia BG Group bateu as previsões com um crescimento no lucro do segundo trimestre, impulsionada por vendas e preços mais fortes de gás e maior produção no Brasil, mas alertou nesta quinta-feira para uma queda na produção no final deste ano e riscos às suas operações no Egito.
A BG, que conta com o Egito para cerca de um quinto de sua produção de gás natural, alertou que o futuro de sua produção de gás natural liquefeito (GNL) no país corre risco, à medida que continua a encontrar dificuldades para expandir a extração e elevar os volumes comercializados.
"Na ausência de uma ação coordenada do governo egípcio, a futura operação comercial do GNL egípcio permanece sob risco", disse a companhia em um comunicado.
A produção no Egito caiu em mais da metade ante o ano passado para 57 mil barris de óleo equivalente por dia (boed), como resultado do esgotamento do reservatório e conforme o mercado local egípcio absorveu mais oferta, pela qual a BG recebeu pagamentos menores.
A BG divulgou um crescimento de 11 por cento no lucro operacional no segundo trimestre para 1,99 bilhão de dólares, impulsionada por volumes maiores de GNL e preços mais altos realizados na Ásia e na América do Sul, além de uma produção maior de petróleo no Brasil, que alcançou 300 mil boed em julho.
A produção da BG no segundo trimestre caiu 10 por cento, para 591 mil boed, devido ao declínio na produção no Egito e também nos Estados Unidos.
A performance em produção e exploração "reflete o crescimento da proporção do petróleo no portfólio, principalmente no Brasil, e o adiamento de uma manutenção no Reino Unido para o final do ano", disse o presidente interino do Conselho da BG, Andrew Gould.
O lucro por ação subiu 22 por cento para 35,5 centavos por ação.
(Por Abhiram Nandakumar)