Rio de Janeiro, 24 abr (EFE).- O lucro líquido da Vale foi de R$ 6,2 bilhões no primeiro trimestre, 18,03% a menos do que o registrado no mesmo período em 2012, informou a companhia nesta quarta-feira.
O resultado financeiro representa, no entanto, que as contas da maior produtora de ferro do mundo voltaram a registrar lucro depois das perdas de R$ 5,628 bilhões no último trimestre do ano passado. Já as receitas subiram 6,5%, para R$ 22,3 bilhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, medido pelo indicador Ebitda, aumentou para R$ 10,7 bilhões, o que representa uma avanço de 17,4% com relação ao período entre janeiro e março de 2012.
A companhia afirmou em comunicado que teve "sólidos resultados financeiros", que atribuiu principalmente ao "significativo" corte de despesas operacionais e administrativas que fez entre janeiro e março.
As vendas à China, que representam 39,7% da arrecadação da mineradora, chegaram a US$ 4,442 bilhões, dado que representa uma melhora de 10,11% com relação ao mesmo período do ano passado, mas também uma piora de 17,9% frente ao último trimestre de 2012.
Em seu balanço, a companhia expressou otimismo acerca da evolução da demanda da China pela "perspectiva" de que o governo impulsione "novos estímulos econômicos" e pelo forte crescimento do mercado creditício.
A produção de ferro, metal que representa 55,5% das receitas da empresa, caiu "ligeiramente", e as vendas diminuíram 3,8% com relação ao mesmo trimestre do ano anterior, para US$ 6,219 bilhões.
A recuperação do preço do minério de ferro nos mercados internacionais permitiu à Vale agregar US$ 925 milhões a seus lucros.
A Vale destacou que obteve um recorde de produção de cobre e de cobalto, assim como uma melhora da extração de níquel, que atingiu seu nível mais alto desde 2009.
Os investimentos entre janeiro e março somaram US$ 3,987 bilhões, superando em 8,4% os registrados no início do ano passado.
A dívida da empresa diminuiu US$ 355 milhões no trimestre, para US$ 30,191 bilhões registrados em 31 de março, o que foi qualificado pela companhia como um "sólido balanço com endividamento de baixo risco". EFE