PARIS (Reuters) - O Carrefour, segunda maior varejista do mundo, divulgou rentabilidade maior no primeiro semestre em seus negócios na França, no Brasil e na Argentina, enquanto a unidade chinesa permaneceu sob pressão.
O grupo francês disse que seu lucro operacional recorrente no primeiro semestre avançou 13,8 por cento, para 833 milhões de euros (1,12 bilhão de dólares), enquanto o lucro líquido ajustado para o mesmo período subiu 16,7 por cento nas taxas de câmbio atuais para 274 milhões de euros.
O Carrefour está batalhando para reverter anos de fraco desempenho na Europa, cujas vendas correspondem a 73 por cento do total da companhia. Seus problemas ocorrem parcialmente devido à dependência do formato de hipermercados que o Carrefour capitaneou, conforme clientes favorecem compras mais locais e pela Internet.
Em resposta, o presidente-executivo da varejista, Georges Plassat, reduziu custos, renovou lojas, cortou preços, simplificou ofertas de produtos e deu maior autonomia aos gerentes de lojas, começando na França.
O aumento no lucro operacional recorrente do primeiro semestre foi guiado pelo crescimento de 7,8 por cento no mercado francês e de 19,2 por cento em mercados emergentes, com performances particularmente fortes em Brasil e Argentina.
O Carrefour é a segunda maior empresa no mercado de varejo alimentar no Brasil, atrás do Grupo Pão de Açúcar, controlado pelo arqui-rival Casino, e pouco acima do norte-americano Wal-Mart, líder mundial.
O Carrefour, que afirmou que gastaria mais neste ano para renovar seus hipermercados na Europa e expandir mais as operações na China e no Brasil, disse que seu fluxo de caixa bruto subiu 1,9 por cento, excluindo itens extraordinários, para 1,3 bilhão de euros.
O vice-presidente financeiro, Pierre-Jean Sivignon, disse mais cedo em julho que a previsão consensual de analistas para um lucro operacional de cerca de 2,38 bilhões de euros neste ano era "razoável". Isso seria um avanço de 6,3 por cento sobre 2013.
(Por Andrew Callus e Emma Thomasson)