FRANKFURT (Reuters) - O sindicato de pilotos alemãos VC deve retomar as negociações com a Lufthansa para chegar a um compromisso sobre a longa disputa de pagamentos, ao invés de entrar, repetidamente, em greve, disse um membro do conselho da companhia aérea a uma revista semanal alemã.
A Lufthansa cancelou cerca de 2.800 vôos durante uma greve de quatro dias a partir de quarta-feira que afetou mais de 350 mil passageiros, a 14ª paralisação em uma disputa que corre desde o início de 2014 e que tem custado à companhia centenas de milhões de euros.
"Temos que conversar", disse Bettina Volkens, membro do conselho da Lufthansa responsável pelos recursos humanos à Bild am Sonntag. "Eu espero muito que a VC finalmente mude sua postura intransigente."
"Isso não pode ser forçado por meio de greves."
A Lufthansa disse em sua conta de Twitter que todos os vôos entrariam no calendário na segunda-feira, 28 de novembro, já que por enquanto não havia chamada de greve da VC.
A VC rejeitou a última oferta de pagamento da maior companhia aérea da Alemanha na sexta-feira, mas retirou a ameaça de ampliar sua greve para além de sábado.
O sindicato afirmou no sábado que mais greves eram possíveis e seriam anunciadas com pelo menos 24 horas de antecedência.
A Lufthansa ofereceu aumentar os salários em 4,4 por cento em duas parcelas, mais um pagamento único referente a 1,8 mês de salário. O sindicato quer um aumento médio de pagamento anual de 3,7 por cento para 5.400 pilotos sobre um período de cinco anos retroativo a 2012.
A greve de pilotos custou à Lufthansa 222 milhões de euros (235 milhões de dólares) em 2014, de acordo com o Instituto IW Cologne para Pesquisa Econômica, enquanto em 2015 as paralisações de pilotos e membros de cabine custou à companhia 231 milhões de euros.
A Lufthansa afirmou ter tido uma perda de 20 milhões de euros nos primeiros dos dias da última greve.
(US$1 = 0,9443 euro)