😎 Promoção de meio de ano - Até 50% de desconto em ações selecionadas por IA no InvestingProGARANTA JÁ SUA OFERTA

Luna diz que não vai abandonar Petrobras durante 'batalha' envolvendo preços

Publicado 14.03.2022, 12:55
© Reuters. CEO da Patrobras, Joaquim Silva e Luna
02/03/2022
REUTERS/Adriano Machado
PETR4
-

Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O presidente da Petrobras (SA:PETR4), o general da reserva Joaquim Silva e Luna, disse que não deixará a companhia em um momento em que comparou com uma "batalha", apesar de cobranças e críticas que vieram de dentro e fora do governo por conta da alta de cerca de 25% no diesel da estatal, na última semana.

"Sou soldado. O campo de batalha é a minha zona de conforto. Não fujo do campo de batalha, abandonando a minha tropa. Um homem tem que fazer o que um homem tem que fazer", disse Luna à Reuters.

"Não há crise", adicionou.

Luna assumiu o comando da empresa no ano passado depois do desgaste do então presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, com o presidente Jair Bolsonaro causado pela política de preços da estatal.

Sob o comando de Luna, a política de preços voltou a ser questionada, especialmente após o reajuste do diesel, enquanto a gasolina da Petrobras nas refinarias subiu quase 19% também na última sexta-feira, para refletir a disparada nas cotações do petróleo diante das consequências da guerra na Ucrânia.

A pressão sobre Luna ocorre apesar de a empresa agora promover ajustes mais espaçados, sem repassar a volatilidade dos mercados de petróleo imediatamente. Ainda assim, os combustíveis têm impulsionado fortemente a inflação, vista agora acima de 6% em 2022.

Embora o ajuste da semana passada tenha sido elevado, ainda há uma defasagem nos preços internos em relação aos valores internacionais, após o petróleo Brent disparar mais de 35% no acumulado do ano com a guerra na Ucrânia e sanções dos Estados Unidos e outros países à Rússia.

"A empresa está sensível às dificuldades da população. A sociedade está machucada por duas guerras, primeiro a Covid e essa de agora. O aumento era uma questão de necessidade porque senão poderia haver risco de desabastecimento (a partir de abril)", disse Luna.

A Petrobras atende mais de 70% do mercado de derivados e o restante é abastecido por empresas privadas.

Se os preços se mantêm internamente abaixo dos praticados no exterior, importadores deixam de comprar produtos e colocam em risco o abastecimento, explicou Luna.

Antes do aumento da semana passada, reuniões entre Petrobras e representantes do governo aconteceram em Brasília, com técnicos concordando com a necessidade do reajuste para amenizar a defasagem e reduzir riscos de abastecimento.

Os ajustes motivaram críticas da oposição, como no caso dos presidenciáveis Ciro Gomes (PDT) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Mas também o próprio presidente Bolsonaro lamentou que a empresa tenha ajustado os preços antes serem aprovados projetos de lei que podem amenizar as cotações dos derivados.

Após aprovação no Congresso, Bolsonaro sancionou integralmente, na sexta-feira, o projeto que altera a cobrança do ICMS sobre os combustíveis.

© Reuters. CEO da Patrobras, Joaquim Silva e Luna
02/03/2022
REUTERS/Adriano Machado

O presidente ainda criticou no final de semana os lucros elevados da Petrobras.

Dias antes, o governo indicou novos nomes para o conselho de administração da estatal, inclusive com mudança na presidência do colegiado.

O indicado para presidir o conselho foi o presidente do Flamengo e ex-executivo da Petrobras, Rodolfo Landim, que é próximo ao presidente Bolsonaro.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.