COPENHAGUE (Reuters) - A empresa dinamarquesa de transporte marítimo e petróleo A.P. Moller-Maersk disse que irá vender sua fatia de 20 por cento no Danske Bank, e que o montante esperado com a venda, cerca de 5,5 bilhões de dólares, será destinado aos acionsitas.
A maior companhia de transporte de contêineres do mundo disse que a fundação familiar que controla a companhia se comprometeu a comprar 15 por cento do maior banco do país e que a venda à fundação assegura que o Danske Bank continue dinamarquês.
A empresa informou ainda que irá oferecer os demais 5 por cento a outros acionistas da Maersk.
Nos resultados de 2014, divulgados nesta quarta-feira, a Maersk registrou uma baixa contábil de 2,2 bilhões de dólares em sua unidade de petróleo depois que os preços da commodity despencaram no segundo semestre do ano passado, e conforme a Maersk Oil reavaliou o valor de seus ativos brasileiros.
Analistas haviam esperado que a Maersk vendesse alguns ativos como parte de sua estratégia atual de se concentrar nos negócios centrais de transporte marítimo e petróleo, e recompensasse acionistas durante um ano difícil. Mas a fatia no Danske Bank não estava entre as possibilidades antecipadas.
"Você terá um conglomerado mais otimizado como um case de investimento", disse o analista da Alm. Brand Jesper Christensen.
"Eles não tem mais capital guardado num banco e isso será visto positivamente, especialmente para os muitos investidores estrangeiros --por exemplo dos Estados Unidos-- que pensam 'quero investir em transporte marítimo, então por que devo investir num banco dinamarquês?'", disse ele.
A companhia divulgou resultados para 2014 no geral em linha com expectativas numa pesquisa da Reuters, com receita líquida de 47,57 bilhões de dólares e lucro líquido de 5,2 bilhões de dólares, aumento de 37 por cento.
(Por Ole Mikkelsen)