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Magalu admite 'erro' de R$ 830 mi e minoritários pedem suspensão da B3

Publicado 15.11.2023, 05:14
© Reuters Magalu admite 'erro' de R$ 830 mi e minoritários pedem suspensão da B3

Ao apresentar na noite de segunda-feira, 13, os números de seu desempenho no terceiro trimestre, a varejista Magazine Luiza (BVMF:MGLU3) trouxe uma surpresa em seu balanço: uma redução de R$ 830 milhões no patrimônio líquido, atribuída pela empresa a erros em lançamentos contábeis. O ajuste foi feito após uma denúncia anônima, divulgada pela própria empresa em março passado.

De acordo com a varejista, a denúncia de que práticas de bonificação feriam seu código de ética não se confirmou. Porém, depois de nove meses de auditoria externa realizada pelo escritório TozziniFreire Advogados e pela PwC, o pente-fino identificou erros no lançamento de bônus pagos a fornecedores entre janeiro de 2022 e junho de 2023.

Por essa apuração, a empresa contabilizava esses bônus com base na data da emissão das notas fiscais. A rigor, porém, esses valores só deveriam ser reconhecidos depois que todos os produtos fossem vendidos e as campanhas de venda, encerradas. Em outras palavras, Magalu e fornecedores negociavam um "abatimento" caso a varejista atingisse uma meta de vendas. Por falha de controle da área, o abatimento teria sido contabilizado antes de a meta ser efetivamente atingida.

Segundo analistas da XP (BVMF:XPBR31), a companhia "reconheceu essas receitas de bonificação (que reduziram custos e contas de fornecedores), anteriormente ao cumprimento da respectiva meta de desempenho, que faziam com que o lucro bruto e o lucro líquido fossem maiores".

Descasamento

Com isso, o ajuste acumulado foi de R$ 830 milhões no patrimônio líquido e de R$ 1,3 bilhão na conta de fornecedores. Antes de 2022, as perdas no patrimônio líquido somaram R$ 696 milhões e, após o ano passado, R$ 225 milhões. No primeiro semestre, significaram a entrada de R$ 92 milhões.

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Segundo a empresa, esse descasamento, causado pela inexistência de um sistema de controle automatizado dos pagamentos, teria sido corrigido. A empresa disse ter aprimorado os sistemas de gestão de verbas de fornecedores e os mecanismos para acompanhar o cumprimento e o desempenho de cada negociação, bem como os mecanismos de governança para negociação das bonificações. Também diz ter revisto as matrizes de risco e controles internos de negociação comercial, além da rotina da auditoria interna.

Ao mesmo tempo, o Magalu informou ter reconhecido créditos fiscais referentes a PIS/Cofins, de R$ 507 milhões, sobre bonificações recebidas de seus fornecedores antes de 2022. Segundo a empresa, a mudança foi feita após uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determinou que a compra de produtos com desconto representa redução de custo para o varejista, e não entrada de receita. Por isso, não caberia o recolhimento dos impostos.

Essa compensação, aliás, permitiu à empresa reduzir em R$ 507 milhões o impacto da baixa em seu patrimônio líquido em seu balanço.

Decisões contrárias

Porém, conforme noticiou o Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, como a decisão do STJ não é vinculante vários tribunais têm dado decisões contrárias a essa, e o Magazine Luiza pode ter de recorrer ao Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf) ou mesmo à Justiça para buscar o mesmo entendimento.

A denúncia anônima recebida pelo Magalu foi feita em meio à maior crise de crédito vivida pelo varejo no País nos últimos anos após a Americanas (BVMF:AMER3) ter anunciado um rombo de R$ 21 bilhões em seu balanço. O rombo na Americanas, porém, envolveu contratos fictícios de publicidade, além de fraudes nos registros de antecipação de recebíveis - que o comando da empresa disse se tratar de fraude contábil.

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Nesta terça, 14, um grupo de acionistas minoritários do Magalu representado pelo Instituto Empresa requereu à Bolsa de Valores a "suspensão imediata" da varejista do Novo Mercado e dos índices que integra em razão dos erros nos seus lançamentos contábeis. "A arbitragem que está sendo organizada visa a responsabilização dos controladores e o ressarcimento dos investidores que adquiriram o papel com preço artificializado pelos erros contábeis", diz nota do Instituto Empresa.

Na avaliação do instituto, o investidor teria sido induzido ao erro. "Aquisições de ações e em debêntures foram realizadas com base em números falsos", afirma Eduardo Silva, presidente do Instituto Empresa.

Em resposta, a empresa afirmou "que os ajustes realizados seguiram as normas contábeis e foram feitos no melhor interesse da companhia e de seus acionistas". Ainda segundo a empresa, "tais ajustes não representaram nenhum prejuízo ou perda para nenhum de nossos investidores".

Ainda ontem, a Bolsa pediu esclarecimentos à empresa acerca de avaliações do mercado de que a varejista teria de fazer um aumento de capital da ordem de R$ 2 bilhões - no qual a família Trajano, controladora do grupo, entraria com cerca de metade do valor. Na apresentação do balanço, porém, executivos da empresa negaram a informação. "Não existe discussão, neste momento, de necessidade de aumento de capital da empresa", disse o diretor financeiro, Roberto Bellissimo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimos comentários

será que esse erro deles prejudica a subida
será que vai despenca
o Minoritários são bem burros.. querem a suspensão da ação do índice para desvalorizar mais?? kkk vai entender deve ser tudo Pts que não tem cérebro para raciocinar...
A Luiza Trajano apoia a esquerda, alguém surpreso? Só maquiagem de números, tipo as pedaladas da dilmanta
Hoje cai ou sobe?
despenca
Ai conhece kkkkkkk
  kkkk se entrou vendido ontem lamento pelo seu grande loss kkkkk
Fazuélli…
Erro🤣🤣🤣
vixxi
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