Por Ana Julia Mezzadri
Investing.com - A Magazine Luiza (SA:MGLU3) deve se tonar uma líder para além do varejo, por meio da criação e consolidação de serviços de logística, publicidade, finanças e software, diz o Morgan Stanley (NYSE:MS). O banco manteve a companhia em sua carteira recomendada de ações da América Latina para fevereiro, com preço-alvo de R$ 28.
Perto do fechamento do mercado desta quinta-feira (4), por volta das 17h55, o papel tinha queda de 1,75%, a R$ 25,50, depois de ter registrado mínima de R$ 25,16 e máxima de R$ 26,20 desde a abertura, com R$ 455,31 milhões em volume negociado. O Ibovespa também operava no vermelho, em queda de 0,46%, aos 119.172 pontos.
Além da expansão para outros produtos, o banco destaca em sua análise a boa performance da companhia durante o período de fechamento de lojas em 2020 e seu ritmo de crescimento em lojas, e-commerce 1P e marketplace 3P como indicativos de que a empresa deve seguir ganhando participação de mercado.
O crescimento esperado para Magalu deve ser lucrativo, segundo o Morgan Stanley, por causa de sua base logística e de lojas que apoiam a expansão do e-commerce sem uma deterioração significativa de margens.
Os principais riscos de upside apresentados pelo bando são a expansão para novas linhas de negócios, apoiando o crescimento e as margens; um enfraquecimento da concorrência em e-commerce e varejo físico e uma expansão acelerada para novas categorias de produtos.
Por outro lado, o Morgan Stanley aponta como riscos de downside o aumento de focos de concorrentes como a Amazon (NASDAQ:AMZN) (SA:AMZO34) sobre a América Latina, pressionando o crescimento e as margens; uma geração de valor menor do que a esperada pela expansão de lojas; e a lentidão na adoção de novos serviços por vendedores do marketplace.
Cenários para a ação
Em sua análise, o banco projetou três cenários para a ação no futuro. No cenário mais otimista, em que o preço-alvo é de R$ 37, a expansão da Magazine Luiza inclui o crescimento de serviços com margens maiores mais rapidamente do que o previsto.
Nesse caso, a taxa de crescimento anual composta (CAGR) da receita das lojas entre 2019 e 2022 é de 17%, com crescimento médio de 6% em vendas nas mesmas lojas. O CAGR do volume de vendas online é de 63%, alcançando 68% do total de vendas, a receita líquida cresce com CAGR de 34% e a margem Ebitda expande 280 pontos base para 9,4% em 2022.
No cenário base, a empresa cresce além do mercado de e-commerce, tornando-se uma plataforma mais ampla. O CAGR de receita nas lojas é de 14%, com crescimento médio de 5% em vendas nas mesmas lojas. O GMV online cresce com CAGR de 54%, alcançando 66% do total, a receita líquida cresce com CAGR de 29% e a margem Ebitda contrai 20 pontos base para 6,4%.
Finalmente, o cenário pessimista, com preço-alvo de R$ 18, considera que o varejo desacelera, a transição tecnológica do Magazine Luiza fraqueja e os resultados desaceleram. O CAGR de receita das lojas é de 3%, com 5% de queda em vendas nas mesmas lojas. O GMV online cresce com CAGR de 45%, alcançando 69% do total. Por fim, a receita líquida cresce com CAGR de 20% e a margem Ebitda recua 400 pontos base, fechando 2022 em 2,6%.