Por Andre Romani
SÃO PAULO (Reuters) - Após foco em corte de custos no primeiro semestre, o Magazine Luiza (BVMF:MGLU3) entende que a manutenção do crescimento de margem no restante de 2022 tem que vir do crescimento de vendas, disse o presidente da varejista nesta sexta-feira.
"Parte importante do ganho de margem a partir de agora tem que ser de alavancagem operacional", disse Frederico Trajano, diretor presidente da varejista, em conferência com analistas nesta manhã.
Ele afirmou que algumas iniciativas para redução de despesas serão implementadas no segundo semestre, mas é "mato mais baixo" em relação às necessidades iniciais.
O Magazine Luiza espera que vendas de categorias mais tradicionais, como eletroeletrônicos, reflitam no segundo semestre a evolução de indicadores macroeconômicos, como a inflação e a taxa de juros. Fatores como Copa do Mundo, Black Friday e Natal também devem ajudar.
A empresa divulgou na véspera prejuízo líquido ajustado de 112 milhões de reais no segundo trimestre, após lucro de 89 milhões um ano antes, diante do efeito dos juros no resultado financeiro e leve alta de vendas totais, enquanto as margens mostraram avanço.
A margem Ebitda ajustada foi de 5,7%, alta de 0,6 ponto percentual contra um ano antes e de 0,7 ponto frente ao primeiro trimestre.
Trajano disse ainda que o foco da empresa no âmbito do marketplace segue sendo adicionar vendedores e elevar as vendas pelo conceito GMV, sendo que uma monetização maior virá naturalmente, na visão dele.
(Edição Alberto Alerigi Jr.)