HONG KONG (Reuters) - O McDonald's fechou acordo para vender a maior parte de seus negócios na China e Hong Kong para o conglomerado apoiado pelo Estado Citic e para a Carlyle por até 2,1 bilhões de dólares, buscando expansão rápida sem usar muito de seu próprio capital.
O acordo válido por 20 anos coroa meses de negociações entre a rede de fast food e empresas de investimentos em participações que incluem, além da Carlyle a TPG Capital Management, vários interessados chineses.
A rede norte-americana afirmou que os parceiros locais vão ajudar a acelerar o crescimento na segunda maior economia do mundo por meio de abertura de novas lojas, particularmente em cidades menores que devem se beneficiar de nível maior de urbanização e crescimento da renda.
"A reformulação global do McDonald's está enfrentando dificuldades e eles não têm o dinheiro ou recursos intelectuais para se focar na China", disse Shaun Rein, diretor da China Market Research Group.
A companhia tem mais de 2.400 lojas na China continental e cerca de 240 unidades em Hong Kong. Os planos da parceria incluem abertura de 1.500 lojas nas duas regiões nos próximos cinco anos.
Sob o acordo, a Citic vai deter cerca de 32 por cento dos negócios, com a Citic Capital, uma subsidiária, ficando com outros 20 por cento.
A Carlyle terá 28 por cento dos negócios, enquanto o McDonald's ficará com uma fatia de 20 por cento, disseram as empresas.
O McDonald's pretendia orginalmente levantar até 3 bilhões de dólares com a venda dos negócios, mas acabou decidindo manter uma participação para se beneficiar do crescimento futuro da China, disse uma fonte com conhecimento direto dos planos da companhia.
(Por Elzio Barreto)