SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras (SA:PETR4) informou nesta sexta-feira que o conselheiro Walter Mendes renunciou ao cargo no Conselho de Administração para ser indicado à presidência da Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros), uma das patrocionadoras do plano de pensão dos funcionários da estatal.
A indicação é parte do processo de reformulação e mudanças na governança da Petros, disse a Petrobras em nota, após o fundo ter fechado 2015 com um déficit de 22,6 bilhões de reais, diante de um limite de tolerância máximo de 6,5 bilhões de reais previsto na legislação.
A Petros é o segundo maior fundo de pensão da América Latina, conforme informação do site da instituição, atendendo cerca de 150 mil pessoas, sendo 86 mil ativos e 64 mil aposentados e pensionistas.
Segundo a Petrobras, o executivo indicado para a presidência da fundação tem larga experiência no setor de gestão de recursos de fundos de pensão.
Mendes é economista e trabalhou em Londres na britânica especializada em gestão de fundos para investidores institucionais Schroder lnvestment Management PLC.
Ao voltar ao Brasil, ele foi o principal executivo responsável pela abertura da filial brasileira da Schroder, onde criou o negócio de gestão de fundos para clientes institucionais locais, principalmente fundos de pensão.
A nomeação de Mendes depende de confirmação pelo Conselho Deliberativo da Petros, segundo a empresa.
Com renúncia de Mendes, que deixa também a presidência do Comitê de Auditoria Estatutário da Petrobras, o Conselho da estatal elegeu Marcelo Mesquita como membro do colegiado até a próxima assembleia geral da companhia.
Mesquita é sócio co-fundador da Leblon Equities e co-gestor de fundos de ações e de private equity. Ele tem 25 anos de experiência no mercado acionário brasileiro, segundo a Petrobras.
Ele foi indicado por Mendes e Guilherme Affonso Ferreira, conselheiros eleitos na última assembleia geral ordinária pelos acionistas minoritários.
(Por Roberto Samora)