Investing.com - O mercado futuro de Wall Street indicou abertura em queda nesta quinta-feira, e os investidores continuam analisando os resultados, os relatórios das conversas do Presidente Donald Trump com líderes mundiais e o dólar enfraquecido, enquanto aguardam o relatório de pedidos de seguro-desemprego semanal.
O Dow futuro, índice que engloba as principais empresas listadas na bolsa, recuou 50 pontos, ou 0,25%, às 10h31 (horário de Brasília); o S&P 500 futuro caiu 7 pontos, ou 0,32%, enquanto que o Nasdaq 100 futuro, composto pelas maiores empresas de tecnologia do mercado, registrou queda de 13 pontos, ou 0,25%.
Os mercados continuaram observando os acontecimentos relacionados ao Presidente Donald Trump e suas políticas, analisando os relatórios, que saíram nesta quinta, de suas discussões com diversos líderes mundiais.
No que parece ser um desdobramento das desavenças entre Trump e o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, o presidente americano ameaçou mandar suas tropas cruzarem a fronteira para lidar com os "bad hombres por lá", a não ser que o exército mexicano resolva a situação.
A transcrição da conversa, obtida pela Associated Press, não esclarece o tom ou o contexto das falas e nem a quem a expressão "bad hombres" se refere.
Citando representantes dos EUA, o Washington Post afirmou que, das conversas com líderes políticos no último sábado, a "pior de todas" foi com o primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, com Trump terminando a conversa, que deveria durar uma hora, após apenas 25 minutos.
Na última quarta-feira, em um tuíte, Trump criticou a administração Obama por ter "concordado em aceitar milhares de imigrantes ilegais da Austrália".
Enquanto isso, o dólar afundou para o menor nível desde meados de novembro frente a uma carteira de outras das principais moedas nesta quinta, após o Federal Reserve não dar nenhum sinal convincente sobre o momento do próximo aumento dos juros.
O dólar se manteve perto da mínima de oito semanas frente ao euro e da de nove semanas frente ao iene.
A libra esterlina havia subido até 1,2706 frente ao dólar, o maior nível desde 14 de dezembro, antes da decisão do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) sobre as taxas de juros, mas recuou para a mínima da sessão após o banco central britânico não fazer nenhuma alteração na política, aumentar suas estimativas para o crescimento e, enquanto manteve as expectativas para a inflação inalteradas para o início do próximo ano, reduzir suas estimativas tanto para 2018 quanto para 2019.
Às 10h31, o par GBP/USD havia recuado 0,55%, a 1,2590, após chegar à mínima intradia de 1,2578.
Nos EUA, o dólar pode variar mais com os participantes do mercado de olho nos dados dos pedidos de seguro-desemprego semanais, que saem às 13h30, antes do relatório de empregos mensais, que sai amanhã.
O dólar enfraquecido também ajudou a segurar os preços do petróleo nesta quinta, junto com evidências de que os grandes produtores vêm cumprindo com o acordo de redução de produção.
O petróleo bruto americano futuro subiu 0,37%, a US$ 54,08, às 10h33, no horário de Brasília, enquanto que o petróleo Brent registrou alta de 0,56%, a US$ 57,12.
Os preços do ouro subiram ao nível mais alto das últimas 11 semanas nesta quinta, após o Federal Reserve indicar que não tem a menor pressa de aumentar as taxas de juros.
Os preços do metal amarelo chegaram à máxima da sessão de US$ 1.225,85 a onça troy, o maior nível desde 17 de novembro.
Nos resultados corporativos, a Facebook (NASDAQ:FB) avançou 1% nas negociações antes da abertura do mercado, após superar as expectativas, e as atenções nesta quinta se voltarão para o relatório da Amazon.com (NASDAQ:AMZN), que sai após o fechamento dos mercados.
Enquanto isso, os mercados da Europa, em sua maioria, registraram queda na manhã do pregão, com os investidores analisando novos relatórios de resultados corporativos e aguardando notícias do Banco da Inglaterra.
Mais cedo, na Ásia, os mercados sofreram pressão, com o Nikkei do Japão caindo cerca de 1,1%.