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Mercados mantêm pressão sobre Espanha e prêmio de risco sobe para 574 pontos

Publicado 09.07.2012, 16:45
Atualizado 09.07.2012, 17:07

Madri, 9 jul (EFE).- A Espanha sofreu nesta segunda-feira mais uma forte pressão dos mercados, o que fez o prêmio de risco do país subir e fechar a sessão em 574 pontos básicos, com os juros do bônus a dez anos acima do nível crítico de 7%.

A pressão dos mercados já era percebida nos momentos anteriores à reunião dos ministros de Finanças da zona do euro, que buscam um "acordo político" sobre as condições da ajuda de até 100 bilhões de euros estipulada para o recapitalização dos bancos espanhóis.

O texto definitivo, com todos os detalhes da operação, só deverá ficar pronto em 20 de julho, quando o Eurogrupo voltará a se reunir.

Durante as últimas duas semanas, analistas da Comissão Europeia, da Autoridade Bancária Europeia, do Banco Central Europeu (BCE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) negociaram a elaboração do documento com o governo espanhol.

O ministro da Economia da Espanha, Luis de Guindos, disse em Bruxelas que as instituições que solicitarem ajuda para se recapitalizar terão que cumprir um determinado nível de capital, embora não tenha revelado qual seria esse índice exigido.

As condições não serão "especialmente significativas" porque para "as grandes instituições espanholas já está operando o índice de capital", afirmou em referência ao esforço de recapitalização que os grandes bancos já fizeram para chegar a 9% de capital de máxima qualidade, o que foi determinado pela Autoridade Bancária Europeia.

De Guindos disse que as condições da ajuda serão de dois tipos: as que afetam às entidades que recebem a injeção de capital e as genéricas, e precisou que existe "uma base de acordo muito grande".

O setor bancário foi o mais castigado hoje na Bolsa de Madri, que perdeu 0,75%. A pressão sobre a Espanha cedeu um pouco, no entanto, ao ser divulgado que os ministros europeus de Finanças preveem dar um ano a mais para Espanha (até 2014) reduzir o déficit público para menos de 3% do PIB em troca de realizar novas medidas de ajuste.

Os ministros da zona do euro discutem hoje a minuta que suaviza o cumprimento do déficit, segundo afirmaram fontes europeias. Segundo o documento, a Espanha, que acabou 2011 com um déficit de 8,9% do PIB, não teria que diminuí-lo para 5,3% como estava previsto, mas sim para 6,3% neste ano, no caminho para reduzi-lo para 3% até 2014.

Para diminuir o déficit e atender as recomendações europeias, o governo de Mariano Rajoy estuda aumentar o IVA, eliminar a dedução por compra de imóvel e reduzir a tributação do trabalho, segundo adiantou hoje o ministro da Fazenda, Cristóbal Montoro.

O ministro assegurou que o Executivo está "caminhando para uma tributação menor do trabalho e maior do setor indireto", em referência a uma futura alta do IVA como parte das novas medidas, que deverão ser aprovadas na próxima sexta-feira na reunião semanal do Conselho de Ministros.

Sobre a alta do IVA, que poderia desacelerar o consumo em alguns setores, Montoro destacou que na Espanha "se paga pouco em comparação com outros países", e que "este debate não existiria se não existisse uma economia submergida".

O ministro se referia à prática realizada na hora de se pagar por um serviço, na qual as notas não são emitidas para economizar o pagamento do IVA.

"Hoje temos uma pressão fiscal na Espanha que é a mais baixa do mundo desenvolvido", disse Montoro, que assegurou que desde 2007 a arrecadação caiu em sete pontos do PIB, o que equivale a 70 bilhões de euros.

Os líderes da União Europeia (UE) pediram que a Espanha amplie a base tributável do IVA porque existe uma baixa proporção de arrecadação procedente desta taxa.

O Executivo espanhol estimou hoje, em uma avaliação de seus primeiros seis meses de governo, que cumpriu em torno de 50% das medidas anunciadas por Rajoy em seu discurso de posse como chefe do Executivo, realizado em 19 de dezembro.

Segundo a avaliação, a Espanha está vivendo a crise econômica "mais grave e sem precedentes" de sua história recente, e em seis meses o Executivo mostrou "uma clara vocação reformista", já que "é o governo que mais realizou reformas em menos tempo no atual período democrático". EFE

eco-mlg/dk

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