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Mercados voltam a reagir mal perante avanço de Dilma nas pesquisas

Publicado 21.10.2014, 19:33

São Paulo, 21 out (EFE).- A aparição da presidente Dilma Rousseff (PT) na frente do candidato do PSDB à presidência, Aécio Neves, nas últimas enquetes de intenções de voto para o segundo turno das eleições presidenciais do domingo foi recebida nesta terça-feira com volatilidade e desvalorização nos mercados.

Segundo três pesquisas divulgadas na véspera, os candidatos se encontram tecnicamente empatados, mas Dilma supera Aécio numericamente por entre dois e três pontos percentuais, um avanço, que mais uma vez, não foi bem recebido pelos investidores.

A bolsa de São Paulo fechou o pregão com uma queda de 3,44%, até situar-se nos 52.432 pontos, o pior nível desde junho, em contraponto com as principais praças mundiais que experimentaram lucros generalizados na jornada.

O índice Ibovespa, principal indicador do círculo paulista, acumula uma queda próxima a 6% nos últimos dois dias e um descenso de 3,11% no mês, enquanto no ano se valorizou cerca de 1,8%.

No mercado de câmbio, o real se desvalorizou 0,65% frente ao dólar, moeda que terminou o dia negociada a R$ 2,475 para a compra e R$ 2,477 para a venda na taxa de câmbio comercial.

A divisa americana chegou a roçar poucos minutos depois da abertura a barreira dos R$ 2,50, um nível alcançado no último dia 3 de outubro pela primeira vez desde 2008, dois dias antes das eleições presidenciais, quando Dilma e Aécio selaram sua passagem para o segundo turno do domingo.

Com o comportamento desta terça-feira, o mercado brasileiro voltou a evidenciar sua aversão à política intervencionista de Dilma, que durante seu mandato respaldou o papel "regulador" do Estado, e deixou de novo patente sua posição a favor de Aécio.

O candidato tucano convenceu os investidores com uma receita de caráter liberal baseada em "guerra e tolerância zero" à inflação, a "racionalização" da função dos bancos públicos e a redução do tamanho do Estado.

"O mercado vê o governo de Dilma como uma ameaça às leis da oferta e da procura. Vê o governo de Dilma com mão de ferro sobre o lucro. Isso afugenta os investidores nacionais e estrangeiros", disse à Agência Efe o economista e professor da Universidade de São Paulo (USP), Manuel Henrique Garcia.

Segundo sustentam os analistas das bolsas de valores, a presidente defendeu o controle dos preços dos serviços oferecidos pelas empresas estatais para conter a inflação, uma medida duramente criticada pelo mercado.

No meio deste cenário, e como vem ocorrendo cada vez que Dilma avança nas pesquisas, as companhias controladas pelo Estado lideraram as baixas do pregão, com a Eletrobras à frente (-8,47%).

As ações preferenciais da Petrobras também se viram fortemente prejudicadas, com um descenso de mais de 5%.

Minutos depois do fechamento dos mercados, a agência de classificação de risco Moody's rebaixou a nota de crédito em moeda estrangeira da Petrobras de Baa1 para Baa2, a dois degraus de perder a chancela de "grau de investimento".

A diminuição da nota, com tendência negativa, foi justificada pelo alto grau de endividamento da estatal, situação que só deve se reverter "bem depois de 2016", ao contrário das previsões originais, segundo um comunicado da agência.

A piora das perspectivas se deve à recente redução dos preços do petróleo, à desvalorização do real em relação ao dólar e a seu "agressivo programa" de investimentos.

Um dos problemas da empresa é sua "incapacidade" de subir o preço da gasolina para repassar ao consumidor os maiores custos com a importação do petróleo devido ao controle do governo brasileiro no setor, segundo a Moody's.

A agência destacou, no entanto, que "Petrobras foi relativamente bem-sucedida" na execução de seu plano de melhorar suas contas financeiras.

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