Berlim, 27 jun (EFE).- A chanceler alemã, Angela Merkel, rejeitou nesta quarta-feira a criação de qualquer mecanismo de coletivização das dívidas soberanas dos países-membros da eurozona e rotulou a medida como parte dos "falsos" caminhos para sair da crise.
Na declaração de Governo realizada antes da cúpula europeia, a chefe do Executivo alemão disse que os eurobônus e o fundo de amortização da dívida serão abordados excessivamente no encontro, ao invés de se discutir a supervisão fiscal.
A chanceler afirmou que emitir eurobônus seria repetir um "erro do passado" e acrescentou que só quando for implementado controles fiscais necessários a coletivização das dívidas soberanas poderá ocorrer.
Merkel disse que não se ilude e sabe que durante a cúpula, que será realizada entre quinta-feira e sexta-feira, será critica por suas ideias.
A chanceler advertiu que não existem soluções "nem rápidas, nem fáceis" para resolver a crise da zona do euro e que os problemas devem ser resolvidos desde sua raiz e gradativamente.
"Não podemos prometer o que não podemos cumprir e devemos aplicar conseqüentemente aquilo que foi estipulado", afirmou a chanceler em sua declaração perante o plenário da câmara, onde afirmou que "o mundo espera nossas decisões" e quer saber "para onde vamos".
A chanceler disse ainda que o governo espanhol fez o certo em solicitar ajuda financeira europeia para o setor bancário.
Merkel acrescentou que o caso espanhol demonstra a importância de supervisionar o setor bancário de maneira adequada devido ao "risco de contágio" entre o setor financeiro privado e as contas públicas. EFE