Buenos Aires, 16 mar (EFE).- O atacante argentino Lionel Messi garantiu que os jogadores do Barcelona sentem a ausência do treinador Tito Vilanova, que está em Nova York submetendo-se a tratamentos contra a reaparição de um câncer nas glândulas carótidas.
"Hoje em dia o técnico é importantíssimo. Nós sentimos falta de Tito. Respeitamos Jordi Roura porque é nosso treinador e está tentando ajudar, mas nosso técnico era Tito e não tê-lo foi um golpe duro", comentou Messi em entrevista concedida ao canal de televisão argentino "TyC Sports".
Quanto aos comentários negativos sobre as últimas apresentações do Barcelona, o craque lembrou que "uma vez (Josep) Guardiola disse que o fato de ganhar tudo e tantas vezes faz com que as pessoas se cansem e queiram que outro ganhe, e por isso querem que percamos".
"Pode haver muitos motivos pelos quais não querem que ganhemos. Nunca o pensei nem me interessa também. Sei que há muita gente que está esperando que percamos e que fiquemos fora de tudo, mas não nos interessa", acrescentou.
Quanto a seu início complicado na seleção argentina, disse: ""Eu sabia que na seleção não rendia bem, mas não era o único. A seleção não rendia. As pessoas e os jornalistas pretendiam que eu ganhasse os jogos sozinho, e isso nunca aconteceu em nenhuma equipe".
"Sabia que não estava em meu melhor nível, mas não queria isso. Eu sou o primeiro que quer jogar bem, no Barcelona e na Seleção", continuou.
Messi considerou que a contratação de Alejandro Sabella como técnico produziu "uma mudança importante na maneira de armar a equipe, de postar-se dentro de campo e ordenar-se taticamente", e garantiu que a Argentina está pronta para ganhar sua terceira Copa do Mundo no Brasil.
Segundo o craque, a maneira de jogar da Argentina "é parecida ao jogo do Real Madrid, que espera o momento certo para sair no contra-ataque e te mata".
"Nós temos atacantes muito rápidos e com muita precisão, e aproveitamos isso. Também houve jogos onde tivemos a iniciativa. Temos as duas versões, podemos jogar das duas maneiras", explicou.
""Eu sou meu crítico número um. Fiz muitas partidas ruins e me crítico", disse Messi após comentar que, para seu pai, "nunca" joga bem.
"Quando era pequeno, eu fazia quatro gols e ele sempre tinha algo para criticar. Isso me fazia querer superar-me na partida seguinte. Poucas vezes meu velho me disse 'jogou bem'", lembrou.
Messi se incorporará na próxima semana à seleção argentina para disputar no dia 22 perante a Venezuela e no dia 26 com a Bolívia dois jogos das Eliminatórias sul-americanas. EFE